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Nas fraquezas somos fortalecidos – Parte 2

 

Texto base:

2 Coríntios 12:10

10 Eu me alegro também com as fraquezas, os insultos, os sofrimentos, as perseguições e as dificuldades pelos quais passo por causa de Cristo. Porque, quando perco toda a minha força, então tenho a força de Cristo em mim. (2 Co.12:10 NTLH)

Introdução:

Sobre a meditação do último domingo (20/10/24), aprendemos o seguinte:

  • Se fizermos bom uso das regras e dos recursos da Palavra de Deus, saberemos como lidar com nossas fraquezas e seremos fortalecidos no SENHOR;
  • A fraqueza pode incluir:
    • Fraqueza física: como doenças, deficiências físicas ou clínicas;
    • Fraqueza intelectual: quando alguém encontra dificuldade para compreender algo;
    • Fraqueza pessoal: quando a pessoa se sente emocionalmente fraca e não consegue lidar com certas situações;
    • Fraqueza relacional: quando pessoas (pais e pastores) que deveriam liderar para a glória de Deus, mas que, por falta de recursos ou conhecimento das Escrituras, não fazem isso corretamente.
  • Fraqueza e pecados são duas coisas distintas:
    • Pecado (hamartia): fazer algo errado que causa culpa diante de Deus. O pecado acontece quando pensamos ou fazemos coisas que vão contra às Instruções de Deus;
    • Fraqueza (astheneia): falta de recursos, sentir-se doente, inadequado, abatido e desanimado para certa finalidade;
  • Apesar de parecer incoerente, a fraqueza, quando colocada sob a mão do SENHOR, nos será útil e dará sentido à nossa vida em Cristo;
    • Se não lidarmos com nossas fraquezas conforme os princípios da Palavra de Deus e a força que o Espírito Santo nos dá, elas se tornarão pecados, nosso relacionamento com Deus se enfraquecerá, e conduziremos nossas vidas à amargura e a muitas outras ruínas pessoais.
    • Ao lidarmos com nossas fraquezas conforme as orientações da Palavra de Deus e a força que o Espírito Santo nos dá, colocamo-nos sob as mãos divinas e nos tornamos Seus agentes espirituais, que dão força e ânimo a outras pessoas.

Assim como como uma planta sem poda assume um aspecto selvagem, nossas fraquezas, se não cuidadas, tomam conta de nossa alma, fazendo com que atue de modo selvagem por estar enfraquecida na fé (na confiança e fidelidade a Deus). Mas, ao cultivá-las à luz da Palavra de Deus, nossa alma se torna atraente, os recursos divinos florescem como ramos fortes e damos frutos, sustentando e inspirando outros a crescerem e a se tornarem mais fortes em Deus. Quando tratamos nossas fraquezas de maneira correta, elas se transformam em algo que nos traz crescimento, força para nós e para outros ao nosso redor.

Deus, em Sua infinita misericórdia, equipa-nos com os recursos necessários para superarmos nossas fraquezas. Por meio de Sua Palavra e do Espírito Santo, Deus está sempre ao nosso lado, oferecendo Seu auxílio.

1. Administremos bem os recursos que Deus nos dá para recebermos mais e participarmos da Sua alegria

Quando investimos os recursos de Deus em nossas fraquezas de modo correto, demonstramos o quanto desejamos agradar ao SENHOR e o Seu auxílio nunca nos faltará, a fim de nos fortalecer e cumprirmos nossa missão neste mundo.

Certa vez (cf. Mt. 25:14-30), Jesus comparou o Reino dos Céus a um homem que, antes de sua viagem, chamou seus empregados e colocou sua propriedade sob os cuidados deles. A cada um, de acordo com a capacidade de cada qual, o patrão deu uma quantia.

E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro (verso 16 – investiu bem e conseguiu mais 500); ao segundo deu duzentas (verso 17 – investiu bem e conseguiu mais 200); e ao terceiro deu cem (verso 18 – em vez de investir, fez um buraco e escondeu o dinheiro, mantendo-o em segredo). Então foi viajar. (Mt.25:15 NTLH)

Caso você conheça essa parábola, provavelmente já percebeu que estou extraindo dela uma imagem relacionada à nossa meditação. A propriedade representa o Reino de Deus, enquanto o dinheiro ou talentos significam os recursos divinos, os quais foram distribuídos entre eles, conforme a capacidade individual de cada um, a fim de investirem e obterem lucro.

Quando Deus nos chamou para estarmos em Cristo e aceitamos o Seu chamado, Ele nos concedeu capacidades espirituais além das que já possuíamos. Seu propósito é que usemos esses dons espirituais no âmago de nossa alma — a sede da mente, das emoções, dos sentimentos e dos desejos. É nessa profundidade que se entrelaçam alegria e tristeza, coragem e medo, o bem e mal.

2. A negligência ao que Deus nos pede faz com que percamos a Sua presença e Suas promessas eternas

Depois de “um longo tempo”, o patrão voltou para acertar as contas com os seus empregados. (vd. Mt. 25:19) Aos que multiplicaram a quantia, o patrão elogiou, chamando-os de fiéis e os convidou a participar da sua alegria. Mas o que recebeu 100 e escondeu o dinheiro foi nomeado como “mau e preguiçoso” (negligente). Então, Jesus termina a parábola dizendo algo sobre aquele que recebeu 100 moedas e as escondeu:

28 “Tirem dele o dinheiro e deem ao que tem mil moedas. 29 “Porque aquele que tem muito (que investiu e multiplicou) receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem (que não investiu e não multiplicou), até o pouco que tem será tirado dele.” 30 E joguem fora, na escuridão [lancem-no às trevas], o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.” (Mt.25:28-30 NTLH – cp. Mt.8:12; 13:42; 22:13; 24:51; Lc.13:28)

Todo compromisso assumido traz consigo responsabilidades, pressões, concorrências, tristezas e aflições, mas, quando bem-sucedido, traz também descanso, prazer e alegrias. Por que esse homem escondeu as moedas que recebeu do seu patrão?

24 —Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: “Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou [Colher e juntar compete a Deus. Semear compete ao homem – cf. Gálatas 6:7]. 25 Fiquei com medo [“fiquei dominado pelo medo, pela dúvida, pela desconfiança”] e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro.” (Mt.25:24,25 NTLH)

No Reino de Deus, nosso trabalho é “plantar ou semear” a realidade divina e Seus propósitos quando nos for oportuno. Ao investirmos as verdades do Reino Eterno em quem é forte, nós o ajudamos para que, no SENHOR, ele se torne ainda mais forte. Quando as semeamos em quem está fragilizado, afirmamos que o SENHOR é sua Força e que, pelos recursos divinos, deixará de ser fraco ou incapaz, fortalecendo-se.

Nós somos chamados por Deus para amá-Lo e ajudar o próximo pela seguinte razão: se recebêssemos os ricos recursos de Deus apenas para nosso próprio proveito, Ele estaria criando um grupo de pessoas cheias de orgulho e egoísmo, que O procuram somente por interesses próprios e não pela vida elevada e digna que só Ele pode dar.

3. Em vez de enterrar seus talentos, use-os para se fortalecer no SENHOR e a outras pessoas

Assim como os servos fiéis da parábola, somos chamados a investir os dons e talentos que Deus nos confiou. Essa responsabilidade não se limita apenas a preservá-los, mas a multiplicá-los, gerando frutos abundantes que glorifiquem a Deus e beneficiem a comunidade ao nosso redor.

Quando o Eterno pede que compartilhemos ou auxiliemos outras pessoas (fortes e fragilizadas), faremos isso por meio dos recursos que d’Ele recebemos, tanto da Sua Palavra quanto do Seu Espírito. Ao obedecê-Lo, provamos que O amamos de verdade (cf. Mt 22:36-40), pois auxiliamos o outro com o mesmo auxílio que recebemos de Deus (cf. 2 Co 1:3-4) e damos ao outro o mesmo amor que temos por nós mesmos.

Não é apenas o indivíduo que deve lutar contra suas fraquezas, mas também a Igreja e os membros de nossa família como um todo. Tanto nossas limitações quanto nossas habilidades são essenciais para o plano de Cristo em capacitar o Seu Corpo e nossas famílias, para que funcionem de maneira adequada e “se edifiquem em amor”. (cf. Ef. 4:16)

Nossas fragilidades nos fazem depender uns dos outros de uma maneira que nossas forças, por si só, não fazem. (cf. 1 Co. 12:21–26) Assim como o ser humano experimenta fraquezas, o mesmo ocorre com a Igreja e os membros de nossas famílias. Isso ocorre para haja crescimento em fé (cf. 1 Co. 2:3–5) e em amor (cf. 1 Co. 13:1-6).

Nós, como Igreja (Corpo de Cristo ou Família de Deus), precisamos entender que a fidelidade e a generosidade são duas virtudes que expressam, de maneira singular, a presença e o poder de Jesus ao mundo (cf. Jo. 13:35).

A Igreja é como uma árvore frondosa, plantada por Deus, cuja missão é refletir a beleza e o cuidado do Criador e de Jesus para o mundo ao seu redor. A nossa fidelidade é a raiz firme que a mantém nutrida e conectada à “Fonte de Vida” (Cristo), garantindo que sua base seja forte e resistente. A generosidade (o amor, misericórdia, graça), por sua vez, são os ramos que se estendem ao máximo, oferecendo sombra, frutos e abrigo para quem se aproxima.

Assim como cada folha e cada galho revelam a vitalidade da árvore, a fidelidade e a generosidade revelam o poder e a presença de Jesus no mundo — sinais visíveis de que essa árvore é diferente, plantada por mãos divinas e regada pelo amor de Deus. Que você e eu sejamos partes dessa árvore!

Que Deus nos abençoe!

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PARA VOCÊ REFLETIR E ESTUDAR

“NAS FRAQUEZAS SOMOS FORTALECIDOS” (Parte 2)

2 Coríntios 12:10

Com a ajuda do SENHOR, procure refletir sobre as questões sem desanimar. Leia as referências adicionais, procurando compreendê-las ao relacioná-las aos conceitos apresentados nos textos da meditação.

Introdução:

  • Descreva os quatro tipos de fraquezas apresentadas nesta meditação.
  • Qual é a diferença entre pecado e fraqueza?
  • Por que ao colocarmos nossas fraquezas sob a mão do SENHOR, elas se tornam úteis para nós e fazem com que sejamos úteis às pessoas?
  • De que forma nossas fraquezas, quando transformadas, podem fortalecer não apenas a nós mesmos, mas também as pessoas ao nosso redor?
    • Considere o impacto positivo que podemos ter na vida dos outros ao superarmos nossas dificuldades e compartilhar nossas experiências.
  • Se Deus nos dá tudo o que precisamos para superar nossas fraquezas, por que às vezes ainda nos sentimos incapazes? Como podemos aprender a confiar mais nesses recursos divinos e a colocá-los em prática em nossas vidas?
    • Procure pensar sobre suas próprias experiências e desafios, a importância da confiança em Deus e a necessidade de buscar e depender constantemente da Sua ajuda.
  1. Administremos bem os recursos que Deus nos dá para recebermos mais e participarmos da Sua alegria
  • Leia Mateus 25:14-30 – “A Parábola dos Talentos. Procure lembrar o enredo da parábola, descrevendo os personagens e suas ações. Quais lições espirituais você pode retirar dessa parábola?
  • Leia Mateus 25:15. Qual foi o critério usado pelo patrão ao dar a cada um as suas moedas (ou talento, dinheiro)? Como você considera a frase: “de acordo com a capacidade de cada um”?
  • O que acontece quando usamos tudo o que Deus nos dá para superar nossos desafios e fazermos o bem?
    • Considere fazer o bem como exercer o que Deus pede, a fim de que, pelos princípios da Palavra de Deus, revelar a Sua realidade e conduzir aquele a quem auxiliamos a Ele. Se assim não agimos, nós é que seremos o alvo da admiração e não o Eterno.
  • Quando Deus nos dá recursos especiais, onde devem ser primeiramente usados ou aplicados para fazer a diferença?
    • Considere que o seguidor e aluno de Cristo não deve tratar o seu relacionamento com Ele com superficialidade, mas permitir que Seus ensinamentos trabalhem e transformem as profundezas de seu ser.
  1. A negligência ao que Deus nos pede faz com que percamos a Sua presença e Suas promessas eternas
  • Leia Mateus 25:28. Explique o que pôde compreender deste versículo bíblico e quais lições espirituais você retira dele.
  • Leia Mateus 25:24. Qual é um dos nossos deveres no Reino de Deus? O que acontece quando compartilhamos as boas notícias de Deus com outras pessoas, sejam elas fortes ou fracas?
    • Considere o seguinte: o semear envolve a preparação do solo, para que depois seja semeado. Todavia, o solo reagirá conforme as ações externas que recebe como calor, frio, chuva. O trabalho de preparação do solo e semeadura é o nosso trabalho para o SENHOR Jesus e d’Ele, as ações externas. Todavia, ainda façamos a nossa parte corretamente, lembremos que estamos tratando com seres humanos que expressam emoções, sentimentos, pensamentos e desejos e, por isso, nem sempre optarão pelo “Caminho” de Deus.
  1. Em vez de enterrar seus talentos, use-os para se fortalecer no SENHOR e a outras pessoas
  • Se Deus nos dá tanto, por que não devemos guardar tudo só para nós? O que acontece quando usamos os dons de Deus para ajudar os outros a se encontrarem com a realidade de Deus?
    • Considere “as razões” de Deus nos ter dado de compartilhar Seus recursos ou dons para com outras pessoas?
  • Como podemos, como membros da Igreja e de nossa família, cultivar a fidelidade e a generosidade de forma mais prática na vida diária, especialmente diante das fragilidades e limitações?
    • Considere no dia a dia transformar princípios (regras) teóricas em atitudes concretas, como também, reconhecer que as dificuldades fazem parte da vida humana, assim como a busca para superá-las e, especialmente, nas relações interpessoais.
  • De que forma eu posso cooperar com Deus para que a Sua Igreja, o Corpo de Cristo, possa criar um ambiente propício para que seus membros desenvolvam e expressem as virtudes da fidelidade e da generosidade, ajudando-os a superar suas fragilidades e a crescer em amor?
    • Considere suas atitudes e comportamentos, para que a igreja local se transforme em um ambiente de crescimento espiritual e de apoio, através de grupos de estudo, discipulado e pequenos grupos. Qual é a importância da sua vida em tudo isso?

 

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