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O casamento: Seu mistério e suas obrigações – Parte 2

Texto base:

Efésios 5:23-25

23 Pois o marido tem autoridade sobre a esposa, assim como Cristo tem autoridade sobre a Igreja. E o próprio Cristo é o Salvador da Igreja, que é o seu corpo. 24 Portanto, assim como a Igreja é obediente a Cristo, assim também a esposa deve obedecer em tudo ao seu marido. 25 Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. (Ef. 5:23-25 NTLH)

Na semana passada (04/06/2023), nós meditamos que “a união decente” entre um homem e uma mulher faz com que eles se tornem uma só carne, a fim de que um mistério divino, que esteve oculto por séculos seja revelado: a Igreja como a noiva e futura esposa de Cristo – o casamento eterno (ou unidade plena) entre Cristo e a Sua Igreja – o Seu povo. (vd. verso 32)

# A unidade conjugal expõe a mensagem divina acerca do relacionamento entre Cristo e Sua Igreja

Portanto, o casamento é uma representação (imagem, alegoria, metáfora, comparação) viva do relacionamento e da unidade que Cristo deseja manter com Sua igreja. É desse ponto de vista que um casal comprometido com Deus, por meio de Cristo, será capaz de compreender o cuidado de Deus para com Seu povo, e este, o de estar em perfeita união com ele. Esta é a mensagem divina que os cônjuges passam, tanto aos seus filhos como ao mundo.

É importante relembrar que tanto o marido como a esposa devem exercer seus respectivos papéis segundo as Escrituras, para que sejam aprovados e abençoados por Deus. O modo como eles se relacionam expressa, tanto aos membros da família como a outras pessoas, o quanto eles estão unidos com Deus, através da sua unidade com Cristo.

# O esposo é a fonte divina para prover e fortalecer a família

O esposo precisa compreender que o seu trabalho para Deus dentro da vida conjugal é o de ser “a fonte de todo o cuidado e fortalecimento divino”, através da Palavra de Deus à sua esposa e, por consequência, ele será admirado por ela e obterá o seu respeito.

# Os cônjuges, apesar de serem diferentes em personalidade e gostos, unem-se por causa dos objetivos de Deus à Igreja e à família

A unidade entre o marido e a sua esposa não deve ser interpretada como uma obrigação de eles serem idênticos em gostos, personalidade, temperamento e outras características, mas sim em relação aos propósitos divinos, a fim de evitar abusos espirituais e psicológicos mútuos.

A unidade conjugal é construída com base nos ensinamentos da Palavra de Deus, no respeito mútuo, no cuidado, na busca e execução dos objetivos que Deus estabeleceu para os cônjuges e, desse modo, eles edificarão a sua família.

# Os papéis de autoridade e submissão precisam ser recuperados pela compreensão das Escrituras

Já aprendemos que o pecado, ao ingressar neste mundo, arruinou a harmonia do casamento. Ele distorceu “a liderança do homem”, que deveria ser “humilde e amorosa”, em uma dominação hostil e, em outros momentos, preguiçosa ou indiferente. Ele distorceu “a submissão inteligente e voluntária da mulher”, fazendo com que ela, em certos momentos, tornasse-se manipuladora e, em outros, claramente insubordinada.

Portanto, a “liderança do homem” precisa ser restaurada, segundo a intenção de Deus, tendo como modelo o relacionamento entre Cristo e a Sua Igreja. O mesmo se dá em relação ao papel da “submissão da mulher”, segundo a intenção de Deus da Igreja para com Cristo.

23 (Do esposo) Pois o marido tem autoridade sobre a esposa [i.e. o marido é “a cabeça” da esposa], assim como Cristo tem autoridade sobre a Igreja [i.e. Cristo é “a Cabeça” da Igreja]. E o próprio Cristo é o Salvador da Igreja, que é o seu corpo. 24 (Da esposa) Portanto, assim como Igreja é obediente [i.e. é sujeita ou se submete] a Cristo, assim também a esposa deve obedecer [i.e. estar sujeita ou submissa] em tudo ao seu marido. 25 (Do esposo) Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. (Ef. 5:23-25 NTLH)

Paulo propõe ao marido que ame a sua esposa como Cristo ama a Sua Igreja e, que a esposa responda ao amor de seu esposo à maneira que a verdadeira Igreja responde ao amor Cristo.

Assim como Cristo, que traz a “Luz da Palavra de Deus e o Reino de Deus” à Igreja, o marido deve fazer o mesmo à sua família (esposa e filhos). A esposa, por sua vez, trabalha para que todos os membros (esposo e filhos) do lar se mantenham sob os preceitos (regras e ensinamentos) do Reino divino ensinados pelo esposo, de modo responsável e temente a Deus.

A esposa/mãe coopera, enaltece, compartilha e esclarece os ensinamentos do marido aos filhos (vd. Provérbios 14:1; 31:10-31), procurando ganhar seus corações para “Aquele” que é a “Fonte” da Instrução do pai, a fim de que eles, pelo seu exemplo, respeitem o “marido/pai” (vd. Provérbios 15:15; 23:24-26; Êxodo 20:12) por ser ele a fonte de todo o cuidado e da provisão divina à família.

1. A autoridade e a submissão mútua a Deus não excluem as diferenças hierárquicas, tanto na Igreja como na família

Os versos precedentes estabelecem o contexto, no qual Paulo discute o relacionamento entre maridos e esposas, revelando uma visão fundamental sobre como os filhos de Deus devem se comportar no seio da igreja e da família, a fim de expressar, de maneira autêntica, o seu amor e respeito a Cristo. (vd. Efésios 5:1-21)

Esse contexto expõe uma lista com normas de conduta, à qual Deus espera de Seus filhos observem e pratiquem, tanto na Igreja como nas suas próprias famílias. Anote em uma folha de papel os itens dessa lista, a qual deve ser aplicada tanto na Igreja como nas famílias que dela tomam parte.

Pense nessa lista como uma ordem de comando: (1) Ela vem de Deus a Cristo (“a Cabeça da Igreja”), (2) de Cristo aos líderes que Ele escolhe (3) e destes aos membros da Igreja, para que (4) eles aconselhem uns aos outros a se sujeitarem à prática dessa lista de condutas, pois através desse cuidado de uns para com os outros, tanto a Igreja como a sua liderança serão fortalecidas. Repare as palavras de Paulo, ao terminar essa lista de comportamentos:

Sejam obedientes [i.e. estejam se sujeitando, aconselhando ou admoestando] uns aos outros, pelo respeito [i.e. pelo temor, ou pela reverência] que têm por Cristo. (Ef.5:21 NTLH)

A nossa versão da Bíblia diz aos cristãos que “sejam obedientes”. Essa expressão não está errada, mas a melhor tradução seria: “estejam se sujeitando, ou se submetendo uns aos outros”. O sentido é que os membros de uma igreja local atendam, ou que se submetam constantemente a esses conselhos, pois eles vêm de Deus aos Seus filhos, numa ordem de comando. É desse modo que a hierarquia se mantém fortalecida na vida da Igreja.

Assim como numa igreja local, uma família só prospera sob sujeição mútua. Em uma igreja guiada pelo Espírito, os líderes se submetem ou servem à congregação. Sendo divinamente responsáveis ​​nesse serviço (prover, cuidar e vigiar), eles esperam que a congregação aceite as orientações divinas e que se submeta a elas em amor e respeito a Deus. Esse serviço, em amor e respeito a Deus, deve ser feito de modo voluntário, espontâneo ou livre e, quando aplicado na vida da Igreja e das famílias não destrói a hierarquia, mas ele a exalta e a fortalece.

Se você anotou a lista de conduta descrita em Efésios 5:1-21, perceberá a responsabilidade do marido para com a esposa e deles aos seus filhos, para que todos amem e respeitem a Deus.

2. O esposo é “a cabeça” para a sua esposa, assim como Cristo é “a Cabeça” da Igreja

Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja. (Ef.5:29 NTLH)

O homem é “a cabeça” da esposa e o que isso significa? Geralmente, tanto homens e mulheres se preocupam com suas cabeças. Preocupam-se em relação aos seus cabelos e a maquiagem (Photoshop?), para disfarçarem as imperfeições do rosto (heheheheh). Entretanto, pouca atenção se dá ao cérebro, olhos, ouvidos e à boca, que também estão na cabeça. Espiritualmente, eles representam a entrada e a saída de tudo o que pode fortalecer ou enfraquecer a unidade conjugal e os membros da família.

É pelo cérebro (expressando inteligência, desejos, planos, imaginações) olhos (visão, sonhos, perspectiva, observações), ouvidos (que se abrem a ideias e ensinamentos convenientes ou não a Cristo) e boca (que tanto verbaliza como se alimenta) que todo o corpo é nutrido. Portanto, o corpo é fortalecido e se movimenta pelos comandos que procedem da cabeça!

A cabeça cuida e protege o corpo como provê elementos para que ele tenha força e exerça ações. Quando Paulo diz que o homem é “a cabeça” da mulher, refere-se a ele como o responsável por cuidar, proteger e prover, tanto a ela como aos filhos, as orientações provenientes da Palavra de Deus. Então, ser “a cabeça” não significa ser “o chefe”, mas “a fonte” para o conhecimento e da sabedoria de Deus dentro do lar, a fim de fundamentar uma estabilidade espiritual e moral entre os membros de toda a família.

À semelhança de Cristo, o marido é chamado para “servir” aos seus, através da sua liderança. A esposa, à semelhança da Igreja, é divinamente chamada para honrar e afirmar a liderança bíblica do marido (que “representa” Cristo), conforme os seus dons, a ajudá-lo na realização do seu trabalho de esposo/pai.

Desse modo, a esposa se sente protegida, amparada, fortalecida e respeitará a sua boa liderança, pois ele revela, através de pensamentos, palavras e ações, as intenções de Cristo de unir toda a família com Deus. A esposa o vê como um homem temente e conhecedor do Eterno, generoso, apaixonado e sujeito às Escrituras Sagradas.

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS:

– A liderança compreendida e transformada à luz das Escrituras

O líder, de acordo com Efésios 5:25, deve agir como aquele que serve, conforme Jesus ensinou em Lucas 22:26. O marido deve transformar a sua liderança em serviço – servindo a Deus para o bem de todos, por meio de suas palavras e ações exemplares. Ele é um servo de Deus, da Sua Palavra e nunca de si mesmo!

– A submissão precisa ser compreendida e transformada à luz das Escrituras

Submissão não significa que as palavras do marido devem ser encaradas como sendo absolutas, pois, incondicionais são as Instruções de Cristo através do esposo. Portanto, submissão não significa renunciar pensamentos e palavras, para influenciar o esposo a tomar decisões corretas e sábias. Nenhuma esposa deve seguir pensamentos, palavras e comportamentos pecaminosos do seu esposo, mas, a tudo o que é adequado e apropriado a Cristo, conforme Colossenses 3:18.

O marido não deve tomar o lugar de Cristo, mas ele deve representá-Lo diante da família. Sendo o esposo um ser humano e não divino, ele poderá estar tomando decisões erradas e a esposa precisará chamá-lo a um diálogo bíblico e honesto quanto às suas decisões. Portanto, a submissão da mulher deve ser bíblica. Ela é uma serva de Deus, nunca de si mesma ou de homem algum!

Que Deus nos abençoe!

Reflita:

  • O casamento “decente” entre um homem e uma mulher faz com que os dois se tornem numa só carne. O que o casamento revela como um mistério divino que esteve oculto por séculos?
  • Exponha brevemente o que você entendeu sobre os tópicos abaixo:
    • A unidade conjugal expõe a mensagem divina acerca do relacionamento entre Cristo e Sua Igreja;
    • O esposo é a fonte divina para prover e fortalecer a família;
    • Tendo os objetivos de Deus à família como foco principal, os cônjuges se unem, apesar de serem diferentes em personalidade e gostos;
    • Os papéis de autoridade e submissão precisam ser recuperados pela compreensão das Escrituras.
  • Leia Efésios 5:23-25.
  • Como você compreendeu o que Paulo divinamente propõe aos maridos e às suas esposas, tendo Cristo como modelo?
    • Que conhecimento bíblico você pôde obter das referências bíblicas auxiliares? Pela ordem: Provérbios 14:1; 31:10-31; Provérbios 15:15; 23:24-26 e Êxodo 20:12.
  • A autoridade e a submissão mútua a Deus não excluem as diferenças hierárquicas, tanto na Igreja como na família. Explique como você compreendeu essa verdade.
    • Leia Efésios 5:1-21. Você fez a lista sobre as normas de conduta descritas por Paulo? Como essa lista de normas de conduta pode ser aplicada para a edificação da liderança, tanto na vida da Igreja como na familiar?
  • Como você compreende a atuação de Cristo como “a Cabeça” da Igreja? O que significa para o homem ser “a cabeça” para a sua esposa? Que imagem ele passa à sua esposa, à família e o que dela recebe?
  • Qual é o conceito que Jesus estabelece como princípio ou regra de liderança, conforme Ele ensinou em Lucas 22:26?
  • Conforme o ensinamento apostólico de Paulo em Colossenses 3:18, a mulher deve ser submissa a tudo o que o marido lhe impõe ou pede? Explique.
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