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O Evangelho de Jesus e os mistérios do Reino – Parte VIII

(Walter de Lima Filho – Terça – 24/09/2013)

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“OS TRABALHADORES NA VINHA” (1)
Mateus 20:1-16

Todas as pessoas que Deus chama para serem salvas recebem a mesma vida eterna. Não importa se Deus chama uma pessoa aos doze anos de idade ou no fim da sua vida. Você se lembra da promessa que Jesus fez ao ladrão que também foi crucificado? (…) Eu afirmo a você que isto é verdade: hoje você estará comigo no paraíso. (Lc.23:43 NVI)

O ladrão nunca havia andado com Jesus e nem foi discipulado por Ele, mas creu em Cristo como “Senhor e Rei”. (cf. Lc.23:38-41) Ninguém que vem a Cristo será ignorado ou desprezado por causa do seu passado. A bênção da vida eterna é oferecida a todos. Ela é oferecida tanto às pessoas respeitáveis quanto às desprezíveis.

“O dom da vida eterna é dado à qualidade da submissão a Jesus Cristo”, o Senhor.

Quando uma pessoa entrega tudo a Cristo, receberá tudo o que Ele tem para oferecer. A parábola dos “Trabalhadores na vinha” trata do Reino dos Céus, mas precisamos entender o seu significado.

Esta parábola vem depois de uma declaração de Cristo: Contudo, muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão primeiros. (Mt.19:30 NVI) Como pode o último ser primeiro e o primeiro o último? Este é um dos mistérios do Reino de Deus, que todo discípulo deve saber ou aprender. Todos os trabalhadores na vinha receberam a mesma quantia, “independente do número de horas” que cada um trabalhou, bem “como do momento” em que cada foi chamado para trabalhar nela.

1. O “Proprietário” da vinha agiu com justiça?

• “Todos” os trabalhadores na vinha “receberiam como salário um denário” pelo seu dia de trabalho. O denário era uma moeda de prata, que correspondia a um dia de salário nos dias de Jesus. (20:2)

• O “proprietário” da vinha “estava buscando” trabalhadores para a sua vinha. (20:3- 7)

• No final do dia, o dono da vinha chama o administrador e pede que ele pague o salário de cada um, porém, “começando com os últimos contratados e terminando nos primeiros”. (20:8,9)

• Os que trabalharam mais tempo “se queixaram do pagamento e do proprietário”, pois “disseram que ele não agiu com justiça”. (20:11-14)

2. Os invejosos não compreendem a generosidade Divina. (20:15,16)

O “proprietário” da vinha é Deus e os “trabalhadores” são os que aceitam o chamado de trabalharem para o “Dono” da vinha. A “vinha” é o Reino dos Céus. O “salário” de cada um representa a “vida eterna” ou a salvação.

O “proprietário” “cumpriu a sua palavra” com cada um; portanto, ele não foi injusto, mas “foi generoso” com os que trabalharam menos tempo, devido ao momento do seu chamado. Os primeiros sentiram “inveja” dos últimos.

Todo pregador deve saber que o Evangelho trata primeiramente com o interior do homem, para que ele consiga vencer seus sentimentos maus, assim como sua má vontade. Por que eu digo isso? Paulo diz: Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. (Rm.12:15 NVI) Como é difícil ver pessoas se alegrando com os que estão alegres e chorando com os que estão sofrendo!

A nossa tendência é não aceitar a felicidade de alguns e desprezar outros que nos pedem ajuda com suas cargas. (cf. Gl.6:2) No caso da parábola, os que trabalharam mais tempo, sentiram inveja dos que trabalharam menos, e, de acordo com eles, o tratamento foi desigual ou injusto pelo “dono” da vinha.

Nós temos sido sugestionados a pensar que a desigualdade é sempre injustiça. Entretanto, às vezes, um tratamento desigual é uma expressão de generosidade! O “Dono” da vinha repreendeu aqueles homens por sua inveja, pois em vez de terem alegria, murmuraram. O mal não estava na generosidade do “Patrão”, mas no sentimento errado dos trabalhadores que labutaram mais tempo na vinha. Eles acharam que “mereciam mais”!

3. O Reino de Deus é dado e não conquistado.

Logo depois que Jesus dispensou o jovem rico, Pedro voltou-se para Ele e disse: (…) Nós deixamos tudo para seguir-te! Que será de nós? (Mt.19:27 NVI) Pedro queria saber qual seria a recompensa, tanto para ele como para os outros discípulos. A parábola dos “trabalhadores na vinha” foi a resposta à sua pergunta, ou seja, a recompensa seria a mesma para eles e para todos a quem Deus chamasse no futuro!

Logo depois de ter contado a parábola, Jesus predisse a Sua morte. (20:17-19) No entanto, os versos seguintes falam da mãe de Tiago e João, que roga a Jesus que desse a seus filhos “tronos especiais” no Reino dos Céus! Aquela senhora não fez propriamente um pedido, mas queria que Jesus decretasse algo como se fosse uma lei. (20:20,21) Na verdade, eles ainda não haviam compreendido a mensagem da parábola.

Ninguém conquista o Reino de Deus, mas ele é dado pela graça de Deus. No entanto, para entrar e permanecer nele há um custo: (…) quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Mt.20:26-28 NVI)

Nos dois primeiros versos, Jesus usa duas palavras que definem aquele que quer ser importante no Reino de Deus, ou seja, ele deve ser “servo” e “escravo”.

No verso 26, o termo “servo” no grego é “diakonos” e a ideia é ser servente de um rei, um ministro, a
tendente, aquele que obedece aos pedidos de seu superior.

No verso 27, Jesus emprega a palavra “escravo”, que no grego é “doulos” e o seu significado é de alguém que se rende por vontade própria aos desejos de outro, em detrimento aos seus interesses pessoais.

No verso 28, Jesus disse: (…) o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. Aproveito para dizer que Jesus define a Si mesmo como Aquele que veio para praticar a “diakonia”, ou seja, “servir” a Deus e a todos que fossem chamados por Ele à salvação.

No verso 28, Jesus usa o verbo “dar”, que no grego é “didomi” e o sentido é de alguém que oferece algo a alguém por livre e espontânea vontade. Jesus Se coloca como “escravo de uma missão” recebida de Deus e “não das vontades” dos homens.

No Reino de Deus haverá prostitutas, mendigos, apóstolos, profetas, mártires, pessoas que O serviram a vida inteira e outros que O serviram parte de suas vidas. No Reino dos Céus, Davi, que cometeu pecados terríveis, estará ao lado de Estêvão, um jovem cheio de paixão por Deus, que morreu apedrejado sem as honras terrenas de um monarca. A vida eterna é igual para todos. Portanto, Deus não é injusto, mas Generoso!

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