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(Walter de Lima Filho – Terça – 14/01/2014)

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Mateus 11:29,30

Tudo tem um preço na vida. Seria interessante conseguir aquilo que você quer sem esforço? Esqueça! Nesta vida, qualquer coisa só é conseguida se você usar o esforço concentrado. Tudo tem um preço, um custo. Você não acorda, dirige seu carro, trabalha, estuda, namora e se casa sem um custo. Para cada situação, você precisa negar a si mesmo. Por exemplo:

Você acorda, mas gostaria de continuar um pouco mais na cama. No entanto, você se levanta rapidamente e toma o seu café e vai para o carro. Então, você pensa no trânsito que deverá enfrentar, mas decide ir em frente, pois precisa chegar ao trabalho. Estando lá, você sabe que é um prestador de serviço responsável. No entanto, a sua emoção reclama por uma praia ou uma piscina, mas você é uma pessoa responsável, sabe que deve trabalhar com seriedade. No fim do dia, você sai do trabalho e tem que ir à faculdade, mas antes disso, é hora de dar uma ligadinha para a namorada, pois se você não ligar, já sabe! Você chega à sala de aula e diz a si mesmo, que sua mente não agüenta mais, porém, você se esforça para prestar atenção e anota o máximo possível, tudo aquilo que o professor diz. Chega o fim de semana, você quer descansar, mas descarta o lazer para estudar e mais à noite, sai com a namorada e o custo aumenta! Você se forma na faculdade, começa a pensar em se casar e diz: “Será que é a hora, mas ela quer porque quer!” Então, a todo custo você se casa e os “custos” aumentam ainda mais! Você deve ter percebido que em todas essas circunstâncias, você está negando a si mesmo ao aceitar o preço de cada situação. Então, por que seria diferente no Cristianismo?

1. Entenda a finalidade do chamado de Jesus. (Mt.11:29,30)

Ele o chama para ser Seu seguidor e aprendiz, ou seja, um discípulo. Jesus não chama pessoas para uma vida moral elevada, mas para aprender a viver a vida Dele como a partir Dele, ou seja, pelo Seu exemplo. Então, o Seu chamado envolve a negação do “eu” e você já está acostumado com essa ideia da autonegação, pelas suas próprias atividades naturais vistas acima.

No entanto, você entende que o chamado do Mestre envolve a negação do “eu”, para a salvação da sua alma do espírito deste mundo, que se baseia no egoísmo e na arrogância. O chamado de Jesus envolve uma caminhada de autonegação constante do espírito do mundo, para poder viver nos padrões do Reino de Deus. Portanto, o chamado de Jesus não é uma oferta de boa vida.

Seguir a Jesus é uma decisão própria de tomar sobre si o que Ele oferece – os Seus ensinamentos e a prática dos mesmos em cada situação ou circunstância. Quando você tem a revelação de Deus sobre quem Jesus é, sabe agora que Ele é a Verdade de Deus para sua vida. Então, você decide dedicar sua vida a Cristo, para fazer a Sua vontade como aplicar os Seus princípios onde estiver, pois eles são práticos e funcionam – “suaves e leves”.

Ao se converter a Cristo, você se torna um discípulo de Jesus, ou quando se torna verdadeiramente cristão, você se converte em um discípulo de Cristo.

2. Não denomine o discipulado como o segundo estágio da fé.

Muitos professores da religião se habituaram a dizer que primeiro, a pessoa deve aceitar a Cristo e só depois é que ela se tornará em um discípulo. Esse tipo de crença separa a salvação do discipulado e de acordo com Jesus, é um grande erro! Você não se torna um cristão, para depois se tornar um discípulo.

Não existe salvação para quem não é um discípulo e quem não é discípulo, não é cristão. Ser discípulo de Jesus significa ser Seu seguidor. O termo “discípulo” é usado no Novo Testamento como sinônimo de “cristão”.

E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos [seguidores de Cristo], pela primeira vez, chamados cristãos. (At.11:26 ACF)

Mas, quando os cristãos se ajuntaram em volta dele, ele se levantou e entrou na cidade de novo. E no dia seguinte Paulo e Barnabé partiram para a cidade de Derbe. Paulo e Barnabé anunciaram o evangelho em Derbe, e muitos moradores daquela cidade se tornaram seguidores [discípulos] de Jesus. Eles animavam os cristãos e lhes davam coragem para ficarem firmes na fé. E também ensinavam que era preciso passar por muitos sofrimentos para poder entrar no Reino de Deus. (At.14:20-22 NTLH)

Repare que o texto indica que aquele que aceitava o Cristianismo, se tornava imediatamente em um discípulo de Cristo. Repare também, que Paulo, à semelhança de Jesus, instruía os discípulos ou cristãos sobre o preço do discipulado.

3. Jesus pede que você avalie o preço de ser Seu discípulo.

Jesus sempre fechou as portas do Seu discipulado, àqueles que eram hesitantes ou dúbios em suas decisões, mas sempre advertiu aos que O ouviam que calculassem o preço de segui-Lo.

Certa vez uma grande multidão estava acompanhando Jesus. Ele virou-se para eles e disse: Quem quiser me acompanhar não pode ser meu seguidor se não me amar mais do que ama o seu pai, a sua mãe, a sua esposa, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a si mesmo. Não pode ser meu seguidor quem não estiver pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhar. Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: Este homem começou a construir, mas não pôde terminar! (Lc.14:25-30 NTLH)

Pode parecer estranho para alguns pregadores de hoje, mas Jesus estava “evangelizando”! Para muitos, evangelizar é não dizer toda a verdade, mas dizer meias verdades, a fim de não assustar as pessoas. No entanto, Jesus queria que as pessoas soubessem onde estavam pisando ou fundamentando suas vidas.

Portanto, Jesus não foi “durão e nem grosseiro” com aquela massa de pessoas, mas Ele foi sincero e expôs a verdade a todos que O acompanhavam:

Vocês não podem desejar construir uma nova vida
sobre Mim, para depois, pararem a construção, por não terem avaliado o preço da mesma!

4. Avalie o custo de seguir a Cristo, para não se tornar um “cristão nominal”.

Sejamos realistas: Em nossas igrejas encontramos muitas pessoas que lançaram o alicerce da fé cristã, mas depois, apenas se cobriram com uma crença, uma capa ou um invólucro com as cores do Cristianismo. Construíram cabanas e não uma construção sólida. Outros se tornaram de fato discípulos, mas o amor ao mundo fez com que eles parassem a construção e abandonassem o Caminho.

Então, o que vemos em nossas igrejas hoje em dia? Cristãos como escombros ou ruínas de construções inacabadas. Eles começaram a construir suas vidas em Cristo, mas por alguma razão pessoal, pararam de construir e o resultado disso é o surgimento do “cristão nominal”.

O que é um “cristão nominal”? É aquele que se envolveu com o Cristianismo e o máximo que conseguiu, foi tornar-se uma pessoa respeitada. Ele adotou um estilo moral elevado de vida, mas por outro lado, não tomam posições fortes, contrárias ao espírito deste mundo em Cristo e por isso, não sofrem nenhuma oposição como também não são perseguidos.

O “cristão nominal” vive a sua “vidinha” acomodada. Ele vai às reuniões, canta, leva o seu hinário junto com a Bíblia, ouve pregações e ora, mas no cotidiano, não cumpre o seu papel de discípulo. Ele vive o Cristianismo na filosofia do “escapismo”, ou seja, ele transforma o Cristianismo numa forma de escapar do inferno – uma tábua de salvação. Jesus disse:

Então Jesus chegou perto deles e disse: Deus me deu todo o poder no céu e na terra. Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores [discípulos], batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos. (Mt.28:18-20 NTLH)

Um discípulo verdadeiro crê e vive em obediência ao Senhor Jesus, que tem todo o poder no céu e na terra. Ele aceita a proposta feita pelo Senhor para dar continuidade ao Seu ministério, pois quando Jesus usa a conjunção “portanto”, significa que Ele concluiria o Seu raciocínio, acerca da ideia de um discípulo obediente. Seria mais ou menos assim:

Uma vez que Me tornei o Senhor de vocês e já sabem que possuo todo o poder no céu e na terra, proponho que mostrem a sua obediência como Meus discípulos: Enquanto vocês caminham pelo mundo, falem a todos sobre o meu Evangelho, procurem ensiná-los a se tornarem meus discípulos, submergindo-os para dentro do nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Enquanto vocês caminham com eles, ensine-os a guardar todas as coisas que Eu os ordenei e creiam que Eu estou com vocês todos os dias, até que se complete o período de tempo determinado por Deus.

Neste texto, Jesus fala de batizar e devemos refletir neste verbo: Cristo está dizendo que o mero consentimento intelectual não é o bastante. Deve haver uma união com ele, uma mudança real, como a do vegetal que se transforma em picles, ou pickles em Inglês!

Na preparação dos picles, os vegetais devem ser primeiro “mergulhados” em água fervente e então, “batizados” na solução de vinagre. O primeiro mergulho descreve “uma ação temporária” e o segundo, “uma mudança permanente”.

Quando batizado nas águas, você permanece submergido temporariamente, mas ao sair, você emerge “submergido” em o nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, permanentemente! Isso quer dizer que: Você tomou uma decisão definitiva de viver para glorificar a Deus Pai, o Filho Jesus e o Espírito Santo, com uma vida submissa e obediente – como um discípulo de Cristo! Como os picles, você perdeu o velho sabor, porque penetrou na natureza Divina e Ela em você! A sua vida já não é mais a mesma! O apóstolo Paulo diz:

Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. (2 Co.5:17 NTLH)

5. Esforce-se para ser um cristão “verdadeiro” e não “nominal”!

Aceitar o Cristianismo como a sua religião, não é sinônimo de ser cristão.

• Ser cristão não é um seguro contra as chamas do inferno.

• Ser cristão é seguir a Cristo em um compromisso de tê-lo como Salvador e Senhor.

• Ser cristão é possuir uma fé que se expressa em submissão e obediência.

• Ser cristão é viver para agradar a Deus Pai e por isso, seu alvo maior é ser em tudo um discípulo de Cristo.

• Ser cristão é buscar o perdão do Pai, quando algum pecado é cometido e retornar imediatamente ao caminho do discipulado.

• Ser cristão é entender que: O chamado de Deus é um chamado para o discipulado em Cristo e que ele exige dedicação e autonegação constante.

Portanto, não basta levantar a mão em uma reunião evangelística, ao convite de um pregador, fazer uma declaração de fé em fatos históricos sobre Jesus e continuar a viver de qualquer forma. O verdadeiro cristão sempre examina a si mesmo.

Examinem-se para descobrir se vocês estão firmes na fé. Com certeza vocês sabem que Jesus Cristo está unido com vocês, a não ser que vocês tenham falhado completamente. (2 Co.13:5 NTLH)

Em outras palavras:

Criem o hábito do auto-exame. Testem-se sempre a si mesmos, para saber se de fato estão na fé. Não fiquem pensando que tudo já está garantido, pois vocês precisam de evidências claras de que Cristo habita em vocês. Não finjam ser cristãos, quando não são absolutamente nada. Se o resultado do teste não for bom, voltem a se unir com Cristo rapidamente.

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