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Texto base:

Mateus 25:14

Jesus continuou: — O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. (Mateus 25:14 NTLH)

Na primeira parte de nossa meditação, aprendemos que o Reino de Deus é:

  • Vivido por nós aqui nesta Terra e é essa a condição que garante o nosso ingresso ao Céu;
  • Uma disposição de alma ou estado de espírito onde temos Jesus como Rei e nos submetemos integralmente a Ele como súditos;
  • A disposição em desistir de sermos senhores de nossas vidas e decidir entregá-las ao senhorio de Jesus;
  • Implantado fisicamente na Terra na vida e através daqueles que vivem o Reino de Deus;
  • Cuidar da propriedade do Senhor com os recursos que recebemos Dele, ou seja, cuidar da Sua Igreja por meio do uso de nossas habilidades e dons recebidos Dele;
  • Uma questão de urgência em cumprir a vontade de Deus, para que ela não caia no esquecimento e também por não sabermos quando será a prestação de contas.

4. Tenha o que apresentar no acerto de contas com Deus

19—Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. 20O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: “O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar. ” 22—Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: “O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar. ” 24—Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: “[…] 25Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro. ” (Mateus 25:19-20; 22; 24-25 NTLH)

Nesses versos que acabamos de ler, fica bem claro que quando o Senhor Jesus voltar ou quando Ele nos chamar desta terra, prestaremos conta do que fizemos com os recursos que Ele deixou aos nossos cuidados.

Os dois primeiros empregados de nosso texto apresentaram o dobro do que receberam do Senhor. Porém, o fato de terem dobrado a quantia não foi mérito deles propriamente, mas do Senhor, pois é Ele quem gera a partir do que fazemos. O mérito deles foi utilizarem os recursos recebidos de acordo com a capacidade que possuíam, motivo pelo qual eles receberam os recursos da parte do Senhor.

6Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus, façamos isso de acordo com a fé que temos. 7Se é o dom de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então ensinemos; 8se é o dom de animar os outros, então animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça isso com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria. (Romanos 12:6-8 NTLH)

Paulo deixa bem claro que o Espírito Santo entrega os Seus dons ou recursos de acordo com a capacidade de cada pessoa. Essa capacidade são os recursos pessoais inerentes à sua natureza, conhecidas também como habilidades, que devem ser somadas aos recursos recebidos do Senhor para cumprir a missão recebida Dele.

Portanto, não utilizar os dois tipos de recursos que já estão à nossa disposição é pecar por negligência, que foi exatamente o que o terceiro empregado fez. Ele não produziu nada, não utilizou as capacidades pessoais que já possuía quando recebeu os recursos do Senhor e apenas devolveu o recebido, provando assim que não fazia parte do Reino de Deus.

10A chuva e a neve caem do céu e não voltam até que tenham regado a terra, fazendo as plantas brotarem, crescerem e produzirem sementes para serem plantadas e darem alimento para as pessoas. 11Assim também a ordem que eu dou não volta sem ter feito o que eu quero; ela cumpre tudo o que eu mando. (Isaías 55:10-11 NTLH)

5. Somos recompensados de acordo com o que apresentamos

21 e 23 —“Muito bem, empregado bom e fiel”, disse o patrão. “Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!” 24—Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: “Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou”. 26—“Empregado mau e preguiçoso! ”, disse o patrão. “Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. 27Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros… (Mateus 25:21;23-24; 26-27a NTLH)

Nesses versos, podemos observar que Deus ficou muito contente com os dois primeiros empregados e manteve com eles todos os recursos administrados, ou seja, se agradarmos a Deus com o nosso serviço cristão, ele crescerá exponencialmente de acordo com o modo como administramos os recursos que recebemos Dele.

Além de o Senhor manter os recursos aos cuidados dos dois primeiros empregados, também os chamou para festejar com Ele, ou seja, os convidou para viver com Ele no Céu pelo restante da eternidade.

7Fiquemos alegres e felizes! Louvemos a sua glória! Porque chegou a hora da festa de casamento do Cordeiro, e a noiva já se preparou para recebê-lo. 8A ela foi dado linho finíssimo, linho brilhante e puro para se vestir. O linho são as boas ações do povo de Deus. 9Então o anjo me disse: —Escreva isto: “Felizes os que foram convidados para a festa de casamento do Cordeiro! ” E o anjo disse ainda: —São essas as verdadeiras palavras de Deus. (Apocalipse 19:7-9 NTLH)

Nesses versos fica bem clara qual é a festa para a qual os dois primeiros empregados foram convidados: É a união de Jesus com a Noiva, ou seja, a Sua Igreja, composta por todos os empregados bons e fieis.

Outro detalhe importante que o texto mostra é a necessidade de um convite da parte do Senhor, e como já aprendemos, é a nossa fidelidade na gestão dos negócios do Patrão que determina se receberemos o convite ou não.

Porém, o nosso texto base apresenta o terceiro empregado, que mesmo demonstrando conhecer muito bem o Senhor, optou por não fazer nada com os recursos recebidos e prestou conta apenas deles. Essa atitude deixou o Senhor furioso, a ponto de chamar o empregado de mau e preguiçoso.

Ele também enfatiza que pelo fato do empregado conhecê-Lo, deveria ter colocado os recursos no banco, pois na prestação de contas ele teria pelo menos os juros para apresentar. Isso indica que o Senhor não estava preocupado com a quantidade de lucro obtido, mas com o fato dos recursos terem ficado parados.

Com isso, compreendemos que o Senhor nos dá os Seus recursos porque somos íntimos Dele e por isso O conhecemos muito bem para sabermos o que Ele espera, e por conta dessa intimidade e conhecimento, precisamos utilizar os recursos para cumprir a Sua vontade, pois não seremos julgados pelo quanto fizemos, mas se agimos de acordo com o conhecimento que temos de Deus e dos recursos que recebemos Dele.

Por que vocês me chamam “Senhor, Senhor” e não fazem o que eu digo? (Lucas 6:46 NTLH)

6. A inutilidade espiritual nos leva para o Inferno

” —Depois virou-se para os outros empregados e disse: 28Tirem dele o dinheiro e deem ao que tem mil moedas. 29Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. 30E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.” (Mateus 25:27b-30 NTLH)

Nesses versos, podemos observar o Senhor retirando os recursos que havia deixado aos cuidados do terceiro empregado e entregando-os para aquele que tem mais, pois este é capaz de gerenciar a quantidade extra de recurso.

Com isso, aprendemos que se formos improdutivos no Reino de Deus, o Senhor colocará o ministério que “pensamos ter” aos cuidados daqueles que já têm muitas responsabilidades. Por outro lado, se formos produtivos, além de expandir o nosso ministério, certamente ainda receberemos da parte do Senhor o ministério daqueles que são improdutivos.

41Aí o Senhor respondeu: —Marta, Marta, você está agitada e preocupada com muitas coisas, 42mas apenas uma é necessária! Maria escolheu a melhor de todas, e esta ninguém vai tomar dela. (Lucas 10:41-42 NTLH)

Nessa conversa que o Senhor Jesus teve com Marta, observamos que ela se encontrava muito agitada com seus afazeres e por isso deixou de fazer a escolha correta. Podemos traçar um paralelo dessa conversa com o terceiro empregado, que se encheu de preocupações e por isso fez a escolha errada, ou seja, não escolheu nada.

Jesus diz a Marta que quem faz a escolha correta, a escolha não lhe será tirada. Isso nós podemos observar na vida dos dois primeiros empregados, mas o terceiro, que fez a escolha errada, teve os seus recursos retirados.

Porém, a punição do terceiro empregado não parou apenas na retirada dos recursos, mas ele foi lançado em um local onde “vai chorar e ranger os dentes de desespero”, e sabemos que esse local é o Inferno. Uma pessoa com todas as credenciais do terceiro empregado, que possui conhecimento e intimidade com o Senhor, mas que se torna inútil, ela não serve para Deus, mas para o Inferno.

E Jesus terminou: —Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. (Mateus 21:43 NTLH) Mas as pessoas que deviam estar no Reino serão jogadas fora, na escuridão. Ali vão chorar e ranger os dentes de desespero. (Mateus 8:12 NTLH)

É necessário que compreendamos que se utilizarmos o que Deus nos deu de acordo com a Sua vontade, sempre obteremos o resultado esperado pelo Senhor, pois o Espírito Santo sempre vai gerar a partir do que fizermos. Por esse motivo, se não agirmos dessa forma, Deus vai retirar de nós o que recebemos Dele e vai nos descartar, pois quem é improdutivo se torna inútil para Ele.

Portanto, que utilizemos os recursos recebidos do Senhor de acordo com as nossas habilidades e conhecimento que temos Dele, a fim de que tenhamos o que apresentar na prestação de contas e sermos recompensados por Ele, não pelo retorno que tivemos, mas pela fidelidade em utilizarmos os recursos de acordo com o esperado por Deus.

Que Deus nos abençoe!

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