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O sofrimento humano e os propósitos de Deus – Parte 2

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Gênesis 37:1-4

Texto Base:

1 Jacó ficou morando na terra de Canaã, onde o seu pai tinha vivido. 2 Esta é a história da família de Jacó. Quando José era um jovem de dezessete anos, cuidava das ovelhas e das cabras, junto com os seus irmãos, os filhos de Bila e de Zilpa, que eram mulheres do seu pai. E José contava ao pai as coisas erradas que os seus irmãos faziam. 3 Jacó já era velho quando José nasceu e por isso ele o amava mais do que a todos os seus outros filhos. Jacó mandou fazer para José uma túnica longa, de mangas compridas. 4 Os irmãos viam que o pai amava mais a José do que a eles e por isso tinham ódio dele e eram grosseiros quando falavam com ele. (Gn.37:1-4 NTLH)

Eu quero dar sequência ao que falei na última terça-feira, procurando mostrar que nunca estamos distantes dos olhos de Deus e que Ele é Soberano sobre todas as situações, tanto boas como más, que acontecem em nossas vidas. Nada nos acontece por acaso, pois Deus é Onisciente (conhece todas as coisas), Onipresente (está sempre presente) e Onipotente (possui o pleno e o perfeito poder).

Nesta meditação, eu quero usar a história de José, filho de Jacó e bisneto de Abraão, a fim de que juntos, possamos aprender como Deus dirige a história humana e a de Seus filhos, para os Seus bons propósitos. A seguir, farei um resumo da história de José e procurarei compará-la à história de Jesus (enquanto em carne sobre a Terra) e a Igreja (antes do retorno de Cristo Jesus).

Resumo da história de José

Um dia, José, a pedido de seu pai, foi se encontrar com seus irmãos, os quais quando o viram de longe, começaram a fazer planos para matá-lo. (Gn.37:18). Um de seus irmãos chamado Ruben procurou salvar a vida de José. (Gn.37:21,22) José chegou, se aproximou de seus irmãos e eles lhe arrancaram a túnica e o jogaram em um poço vazio e seco. (Gn.37:23,24)

Eles se sentaram para comer e Judá lhes deu a ideia de, em vez de matá-lo, que fosse vendido a uma caravana ismaelita que por lá passava. (Gn.37:25-28) Depois disso, Ruben voltou ao poço para salvar José e não o encontrou; ele entrou em desespero! (Gn.37:29,30) Então, os irmãos de José mataram um cabrito, jogaram o sangue do animal na túnica e a apresentaram a Jacó, a fim de passar a ideia de que José havia sido devorado por um animal selvagem. (Gn.37:31-33) Jacó, em sinal de profunda tristeza, rasgou suas vestes e ficou de luto pelo seu filho mais novo por um longo período. (Gn.37:34,35)

NOTA: Não foi Satanás quem operou o mal na vida dos irmãos de José, mas, por seguirem suas próprias paixões ou a natureza humana, eles mesmos expressaram toda a maldade que havia dentro si e, portanto, eram responsáveis pelos seus atos morais. Satanás usou a maldade que residia neles para destruir José, porém, nem mesmo ele sabe sobre os limites que Deus lhe impõe. Os seus planos são terríveis e os conhecemos, porém, não devemos temê-lo. O nosso temor sempre deve ser dirigido a Deus.

No Egito, José foi vendido a Potifar, o comandante da guarda de Faraó. Ele serviu bem a Potifar e se tornou mordomo de toda a sua casa (39:1-4). Mas, a esposa de Potifar se apaixonou por José e passou a lhe fazer convites e investidas imorais, porém ele as recusava. Não aceitando a resistência ou o desprezo de José, a esposa de Potifar o acusou de estupro e ele foi colocado na prisão. (Gn.39:7-9,14-20)

Na prisão, José conheceu um padeiro e um copeiro que também lá estavam, por terem desagradado o Faraó. Eles tiveram sonhos e José os interpretou. A interpretação desses sonhos se tornou realidade e José foi elevado ao mais alto cargo político no Egito. Vindo a seca, os seus irmãos vieram pedir auxílio aos egípcios. Eles não reconheceram José, e este ocultou a sua identidade deles, mas não deixou de ajudá-los. Convidados por José, tanto Jacó como seus irmãos foram morar no Egito, nas melhores terras para criarem suas ovelhas e gado.

Depois da morte de Jacó, seus irmãos ficaram temerosos de que José se vingaria deles, por tê-lo vendido à escravidão. (Gn.50:15) Eles inventaram uma história, dizendo que Jacó desejava que José os perdoasse e se curvaram perante ele. (Gn.50:16-18) Então, José lhes disse:

19 “Mas José respondeu: — Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus.” 20 É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente. 21 Não tenham medo. Eu cuidarei de vocês e dos seus filhos. Assim, ele os acalmou com palavras carinhosas, que tocaram o coração deles. (Gn.50:19-21 NTLH)

José não encobriu o pecado de seus irmãos, mas deixou claro e os ensinou que Deus estava acima de todas as escolhas humanas e que Ele atuava por meio da liberdade do homem para realizar Seus planos.

Neste momento, peço que você reflita sobre as palavras de Paulo:

Pois sabemos que todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles a quem ele chamou de acordo com o seu plano. (Rm.8:28 NTLH)

Na história de José, de que maneira pode ser aplicada a expressão de Paulo “todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus”?

Primeiro: Deus enviou José ao Egito para administrar e preparar toda aquela terra para a fome que estava por vir e, por meio disso, abençoar muitas vidas e salvar a sua própria família.

Segundo: Deus fez com que a sua família se mudasse para o Egito, a fim de que ali prosperasse e se multiplicasse. Depois, no futuro, todos os hebreus se tornassem escravos e, pela mão poderosa de Deus, fossem libertados pela liderança de Moisés.

Tudo aconteceu pela vontade divina e o SENHOR fez uso da “vontade pecaminosa” dos irmãos de José para abençoar o Seu filho.

O interessante é que o ódio mais ferrenho por José se desenvolveu quando ele ganhou uma túnica de seu pai Jacó. Se aquela túnica não existisse, não haveria existido a inveja e, sem esta, o ódio, o desejo de matar e toda a trama seguinte por parte de seus irmãos. Se José não fosse vendido aos egípcios, não sofresse assédio moral, não sofresse na prisão, não tivesse tido a interpretação dos sonhos, muitas pessoas morreriam tanto de sede como de fome, e Israel não existiria. Sem Israel, não teríamos o Messias ou Cristo, e sem Ele, a Eternidade com Deus.

Você acha que isso tudo foi um mero acidente, ou uma casualidade? Tudo era plano de Deus, mas quando tudo começou a virar “de pernas para o ar” na história de José? “Com uma simples túnica colorida”! Sim, a túnica que José havia ganhado de seu pai Jacó.

A história de José tipifica a história de Jesus e a da Igreja

Jesus veio ao mundo cheio de “escuridão” (espiritual e moral) para brilhar a “Luz” (os preceitos da Palavra de Deus), mas a humanidade, ao invés de amá-Lo, O odiou e rejeitou os Seus ensinamentos e a Sua presença. Não havia lugar para Ele entre os homens. Era necessário tirá-Lo de cena e, por isso, muitas vezes, procuraram matá-Lo. Satanás usava o ódio existente no coração humano para destruir Jesus, antes de Ele cumprir a Sua missão divina sobre a Terra. Do mesmo modo, não há lugar para a verdadeira Igreja neste mundo, pois ela representa uma ameaça a Satanás e a seus demônios.

Porém, nenhuma tentativa humana para matar Jesus deu certo, pois Deus estava dirigindo Sua vida e a Sua morte deveria se dar do modo mais humilhante e cruel naquela época – a morte na cruz. Por meio de todo o sofrimento de Jesus, Deus estava mostrando a real condição humana, tanto espiritual e moral como também o desejo constante de responder negativamente aos apelos do amor divino. Em vez de amar a Deus, é melhor tirá-Lo de cena, por meio do espírito do engano. Satanás usa esse ódio para enganar as pessoas acerca da realidade de Deus e da necessidade de uma vida com Jesus, com a Sua Igreja, a Bíblia e uma vida cheia do Espírito Santo.

Assim como José fala dos erros de seus irmãos ao seu pai, Jesus veio para denunciar a vida de pecados, os erros espirituais e morais praticados pelos homens e que criam uma ruptura entre Deus e a humanidade. Os irmãos de José devem ter sido repreendidos várias vezes por Jacó, por ficar sabendo da péssima conduta de seus filhos. Em vez de se arrependerem, preferiram matar o irmão mais novo. Jesus, por meio da Igreja, denuncia os pecados da humanidade, mas, em vez de as pessoas se arrependerem, preferem destruir a voz de Deus – o Evangelho de Jesus.

Penso que a túnica “colorida” de José tinha uma razão: a alegria de Jacó por ter mais um filho, sendo já avançado em idade. O tempo da sua morte estava chegando e ele queria ter grandes e bons momentos com José. Além do mais, por José ser íntegro, temente a Deus e protetor da família, dava muito prazer e alegria ao seu pai, e este o abençoava! O Inferno, os cristãos carnais e o mundo odeiam as pessoas que vivem para glorificar a Deus. Eles odeiam os cristãos verdadeiros e têm inveja das bênçãos que eles recebem – essas bênçãos nem sempre são materiais, mas só o fato de terem mais intimidade com Deus, os cristãos sinceros são odiados por essas pessoas e precisam ser retirados de cena! Não há dúvida de que Satanás usará essa gente má contra o Evangelho e a vida de sentir prazer em Deus.

O SENHOR tem dado uma roupagem de alegria aos filhos que vivem para amá-Lo. Ele os veste com a armadura descrita por Paulo, em Efésios 6:14-18, a qual representa a Pessoa de Jesus, pois cada peça da armadura descreve o caráter do nosso SENHOR e Salvador Eterno!

O mundo não faz nada para ser amado por Deus, mas age para desmoralizá-Lo, ignorá-Lo, apagá-Lo da história da Sua criação. O cenário é o da criatura lutando contra o Seu Criador, porém, nós sabemos “Quem” ganhará essa luta!

Portanto:

  1. O amor divino por cristãos sinceros gera ódio;
  2. O modo como Deus os reveste gera inveja;
  3. Esteja sempre pronto para ser atacado e sofrer;
  4. Nunca duvide da presença de Deus;
  5. Creia que Deus é o SENHOR da sua história;
  6. Todo o mal permitido por Deus será transformado em bem;
  7. Procure aprender a perdoar aos que lhes fazem o mal;
  8. Ofereça ao próximo o melhor de Deus em sua vida;
  9. Tenha prazer em Deus e ande em integridade;
  10. Lembre-se: é Deus Quem lhe traz a honra;
  11. Nunca tire seus olhos de Jesus e da eternidade.

Que Deus nos abençoe!

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