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Por que eu estou tão triste e aflito?

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Salmos 42

O livro dos Salmos descreve de uma forma bem humana, os problemas dos seus autores e do povo de Deus em geral. Às vezes, eles se sentem animados e noutras deprimidos. Em algumas oportunidades eles seguem cantando e noutras chorando.

Quando lemos os livros da Lei (cinco primeiros livros da Bíblia) e os dos profetas, nós podemos perceber que Deus fala o tempo todo com o Seu povo, porém, no livro dos Salmos, o Seu povo é quem fala com Ele. O Livro dos Salmos mostra os dramas, tanto espirituais como psicológicos do povo de Deus, diante do Seu Senhor. É por isso que esses poemas hebraicos têm muito valor para nós, pois eles expressam os sofrimentos da alma humana diante do Criador.

Neste salmo é possível perceber facilmente que o salmista está infeliz, confuso, perturbado emocionalmente e, por isso, diz a si mesmo: “Por que estou tão triste? Por que estou tão aflito?”. Esta declaração aparece duas vezes, tanto no verso 5 como no 11.

Neste mundo, nós vivemos boa parte de nossas vidas em tal situação, ou seja, expressando nossos altos e baixos no que se refere à nossa condição espiritual e psicológica. Isso não significa que não somos cristãos dedicados, mas quer dizer que se não cuidarmos desses ciclos, nós podemos perder muito das bênçãos de Deus.

Nós aprendemos que Deus realiza a Sua obra e age através do Seu povo; portanto, precisamos aprender com o salmista sobre como enfrentar essas situações. Também, que aprendamos que essas condições de inquietação, desconforto e perturbação, não dêem a nós a falsa impressão de que ser cristão significa ser infeliz, triste, abatido e sem propósitos para esta vida.

A Bíblia revela que Jesus nos trouxe vida com qualidade e quantidade. Ela é eterna, e ao mesmo tempo, abundante para o presente.

& “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir; mas eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa.” (Jo.10:10 NTLH)

Jesus não está falando propriamente sobre Satanás, mas sobre líderes que vieram antes Dele e que por agirem sob a influência satânica, seus ensinamentos não refletiam a Verdade e os propósitos Divinos.

Sendo assim, as pessoas viviam presas a muitas regras religiosas e não conseguiam a experiência de viver uma vida íntima com Deus. Com isso, as pessoas criam mais nos próprios rituais do que nas ações de Deus em suas vidas. Além do mais, elas perderam a noção do tempo e dos planos de Deus para o Seu povo.

Então, o que esses falsos líderes e sua falsa religião faziam ao povo de Deus era matar a verdadeira espiritualidade, roubá-lo da presença do Senhor e mantê-lo sob um cabresto humano, destruindo as intenções do Senhor para com os Seus filhos, tanto no mundo como na eternidade. Basta que leiamos o contexto de João 10:10 e poderemos perceber tudo isso. (cf. Jo.10:1-9)

Portanto, tome cuidado para não confundir a “vida completa ou abundante”, prometida por Jesus, como sendo uma experiência em um “mar de rosas”.A vida completa”, prometida por Jesus, significa que ela tem começo, meio e fim. Ela não se perde no meio do caminho e nem sofre de desvios, pois ela se completa dentro dos planos e propósitos de Deus para o Seu povo, tanto na Terra como na eternidade.

É por meio da vida que Jesus nos dá que podemos encontrar todos os recursos, a fim de perseverarmos em nossa caminhada com Deus nos nossos altos e baixos, espiritual e psicologicamente falando.

Portanto, tomemos muito cuidado com as mensagens que ouvimos, pois, em vez de nos aproximar mais de Deus, elas podem fazer com que nos afastemos intensa e definitivamente Dele, por causa dos nossos interesses pessoais.

A vida não é fácil e muitas vezes, ela nos conduz as situações terríveis que podem nos roubar a esperança e a fé.

1. As Circunstâncias Históricas do nosso texto.

Ocorreu durante a revolta de Absalão. (cf. 2 Samuel 15:1-12) Voltando ao nosso texto base, leiamos os versos 6 e 7. Davi se encontrava perto da nascente do rio Jordão, que transbordava, devido derretimento da neve. Isso transformava o Jordão em um rio inquieto e de correnteza forte e Davi faz uma comparação entre a sua alma e o rio Jordão. Ele sente como se as águas estivessem passando por cima dele, moendo e ferindo o seu coração.

2. Davi descreve os efeitos do seu abatimento de alma.

2.1. Depressão. (vs. 5, 11)

O homem que está abatido, desanimado, sempre revela isso em seu rosto. Basta olhar para ele e se percebe a sua condição. Prov. 15:13 e 17:22.

O sábio disse:

& A alegria embeleza o rosto, mas a tristeza deixa a pessoa abatida. (Pv.15:13 NTLH)

& A alegria faz bem à saúde; estar sempre triste é morrer aos poucos.” (Pv.17:22 NTLH)

2.2. A sensação de que Deus está ausente. (vs. 3,9,10)

Todos nós, em algum momento, sentimos uma suposta ausência de Deus. Esta é uma misteriosa realidade da vida espiritual. Nenhum cristão pode negar esse fato, por mais forte que procure ser. Essa sensação sempre nos atinge e sem explicação lógica. Os inimigos de Davi nos versículos 9-10 riam dele e repetiam a pergunta: “Onde está o teu Deus?”.

Com certeza, Davi se abatia muito com esses questionamentos e isso mexia por demais com a sua saúde. (v.10)

2.3. As lágrimas se tornaram o seu alimento. (v. 3)

Parece que Davi estava carregando o mundo todo sobre os seus ombros. Ele chora copiosamente. O peso que ele carregava o estava esmagando, pois ele estava tendo problemas para lidar com as acusações feitas tanto a ele como a Deus. Com as emoções fora de controle, Davi chega ao ponto de perder o apetite e, por isso, ele diz que o seu choro e as suas lágrimas têm sido o seu alimento. Essa tem sido uma realidade para muitos em nossos dias!

Quando estamos preocupados e abatidos, perdemos o apetite. Precisamos tomar muito cuidado com o nosso corpo. O estresse pode nos atingir facilmente, quando nos descuidamos da nossa comunhão com Deus. Nós não podemos isolar o físico do espiritual, pois somos corpo, alma e espírito, pois quando estamos fisicamente fracos, sofremos de uma propensão maior ao abatimento espiritual.

Um exemplo do que estou falando pode ser visto da vida do profeta Elias (cf. 1 Reis 19:3-8)

2.4. O seu presente era vivido pelo seu passado. (4)

Davi se lembra dos momentos fervorosos e festivos, de quando ia à Casa de Deus guiando o povo com felicidade e cantando juntos louvores ao Senhor. Ele tinha saudades de tudo que experimentou no passado.

Garanto que ele se lembrava dos hinos que falavam da grandeza e da providência de Deus, e agora a sua vida estava sob intensa tribulação. Onde estava o Todo-Poderoso? Onde estava os seus gritos de “louvor” e a “festa”, pois tudo havia se tornado em pranto e luto!

3. As atitudes de Davi que nos servem de exemplo, a fim de lidarmos com as tristezas. (v. 5)

3.1. Exercite a sua fé e coloque a sua esperança em Deus. (vs. 5,11)

Davi faz com que sua alma se foque em Deus e faz uma declaração de fé: “Eu porei a minha esperança em Deus e ainda o louvarei. Ele é o meu Salvador e o meu Deus.

Em meio ao abatimento, há sempre um “ainda”, ou seja, uma esperança para aquele que é fiel a Deus. Enquanto houver “ainda” na vida, nada está definitivamente perdido! Ainda poderá vir o socorro, o livramento, a salvação e a libertação. Confie e aprenda a esperar em Deus!

3.2. Busque a bondade do Senhor no seu dia a dia. (v. 8)

Assim como foi com Davi, nunca nos faltarão condições espirituais e fé para orarmos. Nada nos acontece sem a permissão de Deus e, quando buscamos a Sua presença, Ele sempre nos dará um espírito de coragem e sabedoria, para enfrentarmos as difíceis situações de nossas vidas.

3.3. Aprenda a depender do amor e do poder de Deus, em vez de apoiar-se na fragilidade dos seus sentimentos. (vs.5, 9-11.

Davi declara que o Senhor é o “Seu Salvador, Sua Rocha e Seu Deus”!

Ele não só fala com Deus, mas também consigo mesmo. Ele está argumentando com a sua alma, enfraquecida e prostrada. Em momentos difíceis precisamos praticar o domínio próprio. Devemos perguntar à nossa alma sobre as razões de ela querer permanecer em profundo abatimento.

Isso não se configura como uma postura de autocobrança pessoal, e sim, como um ato de fé! Por mais que seja difícil, nós devemos lembrar a nossa alma que ela deve seguir as orientações de Deus e não as emoções. Quando você segue suas emoções se perderá tanto em pensamentos como em palavras. Você ficará fora de si, tomará atitudes erradas e ofenderá ferozmente pessoas.

A minha esperança é que confiemos em Deus e que não sigamos os reclamos e interesses de nossas almas. Que a nossa fé seja verdadeira em todos os momentos, na
s crises e nas alegrias, pois, desse modo, estaremos dando grande prazer a Deus e servindo de exemplos vivos aos que estão à nossa volta.

Que o nosso prazer em Deus cresça dia a dia, quando descobrimos a Sua providência e amor diários. Que aprendamos a viver com fé e prazer em Deus, tanto na escassez como na abundância, pelos princípios e recursos que Jesus nos dá, por meio da “vida completa” que Ele mesmo nos prometeu.

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