Romanos 5:2-4
Texto Base:
2 Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. 3 E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, 4 a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. (Rm.5:2-4 NTLH)
Nós temos aprendido que não são raras as vezes em que a nossa fé é colocada à prova. O modo como passamos pelas provas da nossa fé nos mostra algumas coisas:
- Revela o quanto conhecemos a Deus ou o quanto precisamos conhecê-Lo mais, para que permaneçamos firmes na Sua graça, em Cristo.
- Revela se a nossa alegria está na Pessoa de Deus, nas Suas promessas eternas ou nos nossos desejos ou interesses pessoais e terrenos.
- Revela se somos bons ou maus exemplos a outras pessoas acerca do valor da vida de Cristo em nós.
- Revela se nossa condição espiritual e moral é satisfatória a Deus, isto é, se estamos ou não sendo dirigidos pelos princípios e valores da Palavra de Deus.
- Revela se aprendemos a ser perseverantes e experimentamos a alegria de estarmos sendo aprovados por Deus, em Cristo.
Eu tenho dito que precisamos adquirir muito conhecimento das Escrituras, a fim de que consigamos viver com sabedoria bíblica, isto é, enxergar a vida como Deus a vê, de modo que nela cumpramos os Seus propósitos para nós.
1. O conhecimento é a base para termos sabedoria e, por meio dela, experiências com Deus
O conhecimento faz com que conheçamos e tenhamos acesso à sabedoria divina. Quando a praticamos, adquirimos experiências com Deus ao executarmos os Seus propósitos.
O apóstolo Pedro escreveu duas cartas aos cristãos que estavam sob aflições e, por meio delas, ele nos motiva a esperarmos pela volta de Jesus, vivendo em paz com Deus, sem mancha e sem culpa. Ele lembra que a paciência divina é uma oportunidade que nos é dada, a fim de que sejamos eternamente salvos. Ele faz um alerta para não sermos seduzidos por falsos ensinamentos, para não cairmos de uma posição segura, em Cristo. (2 Pedro 3:14-17)
Após as suas recomendações finais àqueles cristãos, Pedro finaliza a sua segunda carta, dizendo o que, diante de muitas adversidades, eles deveriam buscar:
18 Porém continuem a crescer [i.e. estejam sempre procurando crescer] na graça [i.e. na boa vontade misericordiosa de Deus, que influencia e oferece recursos espirituais aos Seus] e no conhecimento [i.e. procurando compreender os propósitos dos pensamentos e ações] do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Glória a ele, agora e para sempre! Amém! (2 Pe.3:18 NTLH)
Nós precisamos estar crescendo na graça divina, ou seja, na Sua bondade misericordiosa, a fim de sermos influenciados por Ele e recebermos Dele os recursos necessários para vivermos e fazermos a Sua vontade, isto é, expressarmos os pensamentos e as ações de Cristo Jesus que em nós habita.
Apesar de crermos em Deus, nós somos impotentes para fazermos o “bem”, ou seja, que é útil para o Reino de Deus e que O glorifica. Para que possamos realizar os propósitos divinos, precisamos ser influenciados e ajudados pelo Espírito Santo.
É por meio de todos os recursos que recebemos da bondade misericordiosa divina (Sua graça) que nós conseguimos permanecer firmes na graça e nos alegrarmos na esperança de vivermos para Ele até que venha a Eternidade.
Então, quando Deus permite que soframos, nós ficaremos tristes pelas muitas provações, mas sabemos que elas acontecem para fortalecer a nossa fé. (1 Pedro 1:6) Em meio a essas lutas, caso sejamos persistentes na nossa confiança em Deus, nós nos alegraremos Nele e com toda a ajuda que Dele recebemos.
2. Que nós estejamos alegres com o trabalho e a aprovação de Deus, ainda que tristes nas provações
No nosso texto base, atentemos às palavras do apóstolo Paulo no verso 3:
3 E também nos alegramos nos sofrimentos [i.e. gloriamo-nos em Deus, porque somos abençoados por Ele nas aflições], pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência. (Rm.5:3 NTLH)
Paulo não pede que nós pulemos de alegria em meio a sofrimentos, mas que nos alegremos no trabalho do SENHOR em nossas vidas, tanto em situações injustas quanto justas, assim como aconteceu a ele quando pediu a Jesus retirasse de sua vida o que ele chamou de “espinho na carne”, ou “doença dolorosa”. Ele compreendeu que a graça de Jesus era tudo o que precisava para fortalecê-lo e que deveria confiar e se alegrar na força do SENHOR. (2 Coríntios 12:7-10)
Alegrar-se nos sofrimentos, portanto, significa ter prazer no trabalho de Deus em nosso interior, pois, quando os resistimos pela força que Ele nos dá, nós seremos persistentes ou perseverantes. A Bíblia define a atitude de persistência como paciência.
A paciência é uma característica daquele que não se desvia do seu propósito de vida com o SENHOR nem da sua lealdade à fé em Cristo, mesmo diante de fortes perseguições e aflições nesta vida. Por quê?
A persistência em sermos leais à fé em Cristo é a prova de que nos dispomos a receber toda a ajuda de Deus e, ao vivermos alegres por meio dela, recebemos a Sua aprovação.
4 a paciência traz a aprovação de Deus [i.e. gera a experiência interior da aprovação divina para alguém que valoriza os testes permitidos por Deus e, por essa razão, ele se torna um exemplo de fé para outras pessoas], e essa aprovação [i.e. experiência interior da aprovação divina] cria a esperança [i.e. a alegria pela expectativa da eterna salvação]. (Rm.5:4 NTLH)
É importante que nos lembremos de que o Próprio Jesus foi aperfeiçoado ou Se tornou perfeito por meio do sofrimento (Hebreus 2:10) e, se assim se deu com Ele, não será diferente conosco! Sabemos que Deus permite que muitas vezes soframos para que tomemos parte “na glória de Jesus”, pois é Ele Quem nos guia para a salvação eterna.
Portanto, em vez de reclamarmos com Deus, de Ele não ter impedido que sofrêssemos, que entendamos o seguinte: A necessidade da experiência sermos aprovados por Ele é parte dessa resposta! Que nas provações, sejamos aprovados!
Que Deus nos abençoe!