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Recebendo e permanecendo na graça de Deus – Parte 1

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Efésios 2:8

Texto Base:

Pois pela graça de Deus [i.e. pela boa vontade da misericórdia de Deus] vocês são salvos [i.e. resgatados ou preservados da destruição futura – do Inferno] por meio da fé [i.e. pela convicção que é divinamente dada acerca da realidade divina, para que andemos comprometidos com os Seus propósitos]. Isso não vem de vocês [i.e. não vem de dentro, não é um produto da mente de vocês], mas é um presente [i.e. uma dádiva ou oferta divina para uma condição de honra] dado por Deus. (Ef.2:8 NTLH)

Deus oferece a Sua graça, objetivando a salvação de uma destruição futura do ser humano, resgatando-o dos valores e princípios destrutivos do espírito do mundo, ou “mundanismo”, e capacitá-lo a realizar de modo perseverante as Suas “boas obras”, a fim de que o Reino dos Céus se expanda e alcance o coração ou a mente de muitas pessoas, as quais crerão na realidade da Sua Pessoa e dos Seus propósitos eternos. (Mt.5:16)

Deus, por meio da Sua graça, abre os olhos do ser humano sobre a importância de aceitar realidade espiritual, e que esta deve estar acima da preocupação de apenas se relacionar com o mundo terreno diariamente. A experiência com a graça de Deus liberta o homem da falsa ideia de que a satisfação dos seus desejos e prazeres pessoais, assim como usufruir de bens materiais, é o verdadeiro sentido à vida humana. (Mc.8:35-37)

Não nos esqueçamos de que essa era a filosofia dominante nos dias de Noé, quando Deus determinou uma data específica para a chegada repentina do Dilúvio, o qual extinguiu a população humana de sobre a Terra. Apenas a família de Noé e os animais escolhidos por Ele, é que foram salvos por meio da Arca.

Noé foi salvo da destruição por causa da graça divina, porque, diferente das pessoas do seu tempo, andava em comunhão com Deus, isto é, ele mantinha em uma vida perseverante de comunhão com o Criador. A sua fé e persistência por viver em harmonia com Deus fez com que entendesse os Seus propósitos e as razões para cooperar com Ele.

Noé era filho de Lameque, neto de Matusalém (o homem que mais anos viveu sobre a Terra – 969 anos) e era bisneto de Enoque, o qual sempre andou em comunhão com Deus até ser arrebatado. (cf. Gn.5:21-32)

Noé tinha exemplos de homens de fé em sua família de homens, e deles ouviu e aprendeu sobre Deus, Seus propósitos à vida humana, mas, em algum momento, ele teve de tomar a decisão de crer, pois só o conhecimento teórico não basta para se andar com o SENHOR. Noé, pela fé, seguiu o exemplo de seu bisavô, avô e de seu pai. Ele andou na presença de Deus em meio a uma sociedade que foi se corrompendo, até chegar ao nível excessivo de perversidade.

Temente a Deus e com a ajuda Dele, Noé não se contaminou com a imoralidade dos seus dias, mas perseverou em permanecer na graça e na misericórdia divina. Por meio da cooperação de Noé, Deus procurou alcançar muitas almas, mas as pessoas não lhe deram ouvidos. Todos preferiram o caminho da desobediência e de pecados.

O nosso texto base nos transmite a mensagem de que nós, pela graça de Deus, fomos salvos de um mundo afastado de Deus, e que pela fé, nós aceitamos o Seu oferecimento. Muitos de nós, diferentemente de Noé, não tínhamos em nossas famílias homens e mulheres como exemplos de fé.

No entanto, no tempo certo, nós ouvimos a proposta do oferecimento da graça de Deus em Cristo, a fim de que escapássemos da futura destruição que se abaterá aos que O desobedecem e que nos tornássemos comprometidos com os Seus propósitos.

1. A realidade de nossas vidas no passado, sem a graça divina

1 Antigamente, por terem desobedecido a Deus e por terem cometido pecados, vocês estavam espiritualmente mortos. 2 Naquele tempo vocês seguiam o mau caminho deste mundo e faziam a vontade daquele que governa os poderes espirituais do espaço, o espírito que agora controla os que desobedecem a Deus. 3 De fato, todos nós éramos como eles e vivíamos de acordo com a nossa natureza humana, fazendo o que o nosso corpo e a nossa mente queriam. Assim, porque somos seres humanos como os outros, nós também estávamos destinados a sofrer o castigo de Deus. (Ef.2:13 NTLH)

2. A graça nos libertou da morte espiritual, a fim de vivermos em unidade com Cristo

4 Mas a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto, 5 que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. Pela graça de Deus vocês são salvos. 6 Por estarmos unidos com Cristo Jesus, Deus nos ressuscitou com ele para reinarmos com ele no mundo celestial. 7 Deus fez isso para mostrar, em todos os tempos do futuro, a imensa grandeza da sua graça, que é nossa por meio do amor que ele nos mostrou por meio de Cristo Jesus. (Ef.2:4-7 NTLH)

Deus não “obriga” ninguém a viver com Ele, em unidade com Cristo. Ele nos oferece a Si mesmos, a Sua avaliação sobre como vivemos, Seus propósitos para nossas vidas e a salvação eterna em Cristo, esperando que respondamos ao Seu chamado, reconhecendo que a nossa vida longe Dele e do Seu Reino é sem sentido e fadada (predestinada) à destruição eterna. O que estou dizendo tem como base os três primeiros versículos das “bem-aventuranças”:

3 Felizes as pessoas que sabem [i.e. reconhecem] que são espiritualmente pobres [i.e. destituídos da vida espiritual], pois o Céu [i.e. o Reino dos Céus] é delas. 4 Felizes as pessoas que choram [i.e. lamentam a fragilidade de uma vida de desobediência e pecados], pois Deus as consolará [i.e. serão chamadas para serem fortalecidas]. 5 Felizes as pessoas humildes [i.e. demonstram um comportamento frágil, dependente, respeitoso, atento], pois receberão o que Deus tem prometido [i.e. Suas promessas eternas no Reino dos Céus]. (Mt.5:3-5 NTLH)

A graça não nos alcançaria se não reconhecêssemos a nossa fragilidade espiritual, se não lamentássemos a nossa vida de desobediência e de pecados e se não demonstrássemos um comportamento educado e respeitoso aos oferecimentos de Deus.

Então, Jesus diz:

Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas [i.e. com o que Ele prometeu nos versos anteriores e nos seguintes]. (Mt.5:6 NTLH)

Estas palavras de Jesus nos ensinam que a graça divina nunca nos deixará plenamente satisfeitos, caso deixemos de ter fome e sede de fazermos a vontade Deus – as obras que Ele mesmo preparou para que executemos pela fé. (Tg.3:14-26)

3. A graça tem por finalidade conduzir-nos à salvação e capacitar-nos a realizarmos as obras de Deus

Seguindo a regra do contexto, observemos os versículos posteriores ao nosso texto base de Paulo:

9 “A salvação [i.e. o chamado inicial divino para sermos resgatados do mundanismo e da morte espiritual] não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la.” 10 “Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós.” (Ef.2:9,10 NTLH)

Sem o chamado de Deus e a Sua ajuda, nós nunca conheceríamos a Jesus nem receberíamos a libertação da morte espiritual. Sem Cristo, nós nunca aprenderíamos como permanecer na Sua graça, comprometidos e cooperando com os Seus propósitos eternos sobre a Terra, por meio de uma vida íntegra e dedicada ao Reino dos Céus, à semelhança de Jesus. (Continuaremos, se Deus permitir)

Que Deus nos abençoe!

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