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Provérbios 3: 1-4

Texto Bíblico:

“Filho, não esqueça os meus ensinamentos; lembre sempre dos meus conselhos. Os meus ensinamentos lhe darão uma vida longa e cheia de sucesso. Não abandone a lealdade e a fidelidade; guarde-as sempre bem gravadas no coração. Se você fizer isso, agradará tanto a Deus como aos seres humanos”. (Pv. 3: 1-4 NTLH)

Primeiramente, o que eu posso identificar neste texto?

Ele é uma oração? Não. É uma história? Não. São conselhos? Sim, são conselhos de Deus.

E o que eu posso aprender de Deus nestes versículos? Quais verdades eu posso extrair deste texto?

Verdades:

  1. Deus é Pai, pois tem filhos. (v.1);
  2. Deus, como Pai, ensina a seus filhos. (v.1);
  3. Deus pede a seus filhos que não se esqueçam dos seus ensinamentos. (v.1);
  4. Deus, como Pai, dá conselhos a seus filhos. (v.1);
  5. Deus quer que seus filhos tenham vida longa e bem-sucedida. (v.2);
  6. Deus é fiel e leal, pois esses traços pertencem ao Seu caráter. (v.3);
  7. Deus deseja que Seus filhos tenham o Seu Caráter, ou seja, que sejam fiéis e leais. (v.3);
  8. Deus quer que Seus filhos guardem Seus ensinamentos e conselhos no seu íntimo. (v.3);
  9. Deus fez os Seus filhos não só para agradá-Lo, mas também para servir ao seu próximo. (v.4).

Veja quantas Verdades e quantos Conselhos aprendemos sobre Deus nestes quatro versículos. Mas por que estou dizendo tudo isso a vocês?

Porque nos últimos meses o Senhor tem insistido em nos ensinar e nos aconselhar, por meio de várias pregações sobre o Reino de Deus, o arrependimento de nossos pecados e sobre a crença no Evangelho.

E por que Deus tem insistido tanto nestes temas durante meses? Por que Ele tem nos ensinado por várias semanas sobre essa passagem em Marcos 1 :14,15?

Podemos ler essa passagem para somente relembrarmos o que o Senhor vem nos ensinando há meses? Pode ser?

 “Depois que João foi preso, Jesus seguiu para a região da Galileia e ali anunciava a boa notícia que vem de Deus. Ele dizia: _ Chegou a hora, e o Reino de Deus está perto. Arrependam-se dos seus pecados e creiam no evangelho.” (Mc 1: 14,15 NTLH).

Todos os domingos o Senhor nos ensinava sobre o que é o Reino de Deus, a importância do arrependimento e a crença no Evangelho.

 Por que Ele vem insistindo em nos ensinar sobre esses temas?

 Não será porque temos falhado em observar esses ensinamentos em nossa vida cristã?

Eu tenho buscado o Reino de Deus como prioridade em minha vida, acima do meu trabalho, dos meus relacionamentos, dos meus prazeres pessoais, a fim de interferir em meus caminhos, pensamentos e escolhas pessoais? Se Deus está nos advertindo, é porque não estamos buscando o Seu Reino enfaticamente, ou seja, com energia, com a atitude correta de um discípulo de Cristo, a fim de ser investigado e entendido.

Será que não tenho me acomodado em uma zona de conforto onde eu julgo satisfatória minha vida espiritual diante Deus?

Eu posso dizer: “Eu sei o que Deus quer da minha vida e eu estou procurando fazer o que Ele tem me pedido”. Será? Será que você sabe exatamente o que Deus está lhe pedindo para fazer no atual momento de sua vida?

Ou então, eu mesmo me declarei salvo, baseando-me nos meus conceitos religiosos e no meu modo de vida e nas minhas atividades ministeriais, bem como em minha frequência as reuniões da igreja?

Muitos “cristãos” batem no peito e dizem: “Eu sou salvo, nasci na igreja, minha família é da igreja, sou batizado nas águas, frequento a igreja todo domingo, não falto um, coopero no ministério, sou honesto, trabalhador, não rou
bo, não mato, não fornico”.

O fato é que se Deus está falando sobre esses assuntos é porque Ele não está satisfeito com nossas vidas espirituais, e nós devemos corrigi-la o mais rápido possível. E se você se considera uma pessoa espiritualmente elevada a ponto de dizer: “não essa palavra não é pra mim”, saiba que você também é responsável pelo crescimento espiritual dos mais fracos na fé, e se você não estiver exortando, fortalecendo e ensinando essas pessoas a permanecer nos Caminhos do Senhor, com certeza você será cobrado por Ele.

Nós aprendemos que o Reino de Deus é a própria pessoa de Jesus Cristo, porque o Reino de Deus está nEle e Jesus é o Reis dos reis e Senhor dos senhores. Ele é Soberano! Ele é o Dono de nossas vidas. E por isso nós devemos nos alinhar com os princípios e valores do Seu Reino, por meio da morte do nosso “EU”, porque fomos convencidos de nossa condição espiritual e moral falida e agora queremos viver em fidelidade (fé) e obediência a Deus.

Isto é maravilhoso não é? Essas Verdades devem encher nossos corações.

Mas será que estamos vivendo verdadeiramente, os princípios das “Bem-aventuranças”, descritas em Mateus 5:3-12 em nosso dia a dia?

Será que estamos reconhecendo nossa fragilidade espiritual e moral diante de Deus? Ou somos orgulhosos demais para reconhecê-la?

Será que estamos nos lamentando e nos arrependendo verdadeiramente dos nossos erros? Quando você tem um desentendimento com seu marido ou com sua esposa, ou com alguém da sua família, ou mesmo com seu irmão na fé, ou com qualquer pessoa, você depois se lamenta e reconhece o seu erro e se arrepende e pede perdão a Deus e se reconcilia com a pessoa, ou o seu orgulho fala mais alto tanto quanto o seu nariz empinado?

Será que estamos nos rendendo ao governo de Deus e desejando fazer a Sua vontade? Ou você tem sido pastor de si mesmo?

Será que estamos cultivando um espírito misericordioso? Ou estamos sendo impacientes, duros de coração e condenadores?

Será que estamos permitindo o trabalhar de Deus em nossas vidas? Ou nos iludimos praticando a nossa própria justiça segundo os nossos próprios interesses?

Será que estamos desejando aproximar pessoas de Deus? Ou somos indiferentes á condição espiritual das vidas que Deus coloca em nosso caminho?

Será que estamos dispostos a pagar o preço e sofrer pelo evangelho? Ou na primeira perseguição ou sofrimento desistimos e abandonamos tudo?

O Senhor constantemente tem nos ensinado que a verdadeira felicidade ocorre quando aplicamos estes princípios do Reino de Deus em nosso dia a dia, mas, parece-me que ficamos mais felizes quando compramos uma roupa nova, um sapato novo, uma bolsa nova, um carro novo, ou quando viajamos para algum lugar que sonhamos estar um dia.

Falamos aos quatro cantos que somos salvos, libertos do pecado, livres do inferno, da condenação eterna, mas agimos apegados a esse mundo, às coisas materiais e aos nossos interesses próprios.

Se nós compreendêssemos, verdadeiramente, que os nossos pecados nos afastam de Deus e se não tomarmos cuidado eles podem nos levar ao inferno, então, o que nós iríamos priorizar?

Uma vida melhor agora? Um carro zero em sua garagem? Uma agenda de trabalho lotada de compromissos e horários extras? Você vai priorizar uma vida confortável? Acredito que não. Não que eu seja contra essas coisas, desde que não seja prioridade ou uma compulsão em sua vida.

Se você está convicto que os seus pecados te afastam de Deus e podem o conduzir ao inferno, então o que você vai desejar? Senão a salvação da sua alma e a libertação do pecado.

Vamos supor que você conheça um homem que está na prisão, condenado a morte, e que nesta noite ele será executado, morto. Ele sabe exatamente o que vai acontecer com ele. Então você vai até este homem dizendo: “Eu tenho boas notícias! Eu tenho notícias maravilhosas!”. Ele então sai do seu assento, se agarra nas grades e pergunta, animado, o que é, o que você tem pra me dizer?. Então você diz: “Saiu o resultado de seus exames, você está curado!”, ou então,“Seus números foram sorteados, você acabou de ganhar na Mega Sena!”. Ele vai perguntar: “O que? Do que é que você está falando? Você está louco? Você não sabe que fui julgado e condenado á morte?

Só há uma verdadeira boa notícia para aquele homem: “Alguém pagou pelo seu crime, você está livre para sair. Você está salvo!”. Apenas isto pode ser uma boa notícia para aquele homem. E, no momento em que ele sai, no momento em que ele é libertado, a primeira coisa que ele vai fazer não é voltar para sua casa ou voltar para as coisas que ele possuía. Quando este homem sai pela porta da prisão, ele só quer saber onde está aquele que pagou sua fiança e, quando encontrá-lo, ele vai cair de joelhos e dizer: “Eu devo a você a minha vida! Eu sou teu servo! Qualquer coisa que você pedir de mim, eu entregarei, porque a única razão para eu estar vivo é porque você pagou pelo meu crime!”

O Evangelho é a única mensagem que pode trazer salvação ao homem!

Nada nesta terra se iguala ao Evangelho, tudo o que você pode ver, vai um dia apodrecer e terminar. Todo título que você conquistar será perdido. Toda glória que você receber dos homens irá se transformar em nada. Viva por aquilo que é eterno, viva por Aquele que morreu por você. Isso é o Evangelho, e Ele deve controlar sua vida e ser a sua vida, e ser aquilo que você mais deseja.

Certa vez o Apóstolo Paulo disse aos cristãos de Filipos:

“No passado, todas essas coisas valiam muito para mim; mas agora, por causa de Cristo, considero que não tem nenhum valor. E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e estar unido com Ele”. (Fp 3: 7-9 NTLH).

O Apóstolo Paulo, no contexto desses versículos, está contrastando sua vida religiosa como judeu com sua experiência com Cristo, o que considerou como perda o que antes lhe parecia lucro, porque a pessoa de Cristo é mais importante do que rituais religiosos ou qualquer outra coisa que possa existir na Terra.

Há muitos pregadores hoje em dia falando sobre muitos assuntos. Eles pegam aquilo que é vil, sem valor e exaltam como se fosse o mais importante, eles pegam as coisas pequenas e as exaltam como se fossem as coisas maiores, eles pregam sobre prosperidade financeira, bens materiais, riquezas, casamentos, viagens, etc, em contrapartida, eles estão pegando as coisas maiores e estão escondendo do povo de Deus, que é o Evangelho, o Reino de Deus, o caráter de Cristo, a Salvação e a Eternidade.

O mesmo Apóstolo Paulo declara agora aos romanos:

“Eu não me envergonho do evangelho, pois ele é o poder de Deus para salvar todos os que crêem, primeiro os judeus e também os não judeus” (Rm 1:16NTLH)   

Paulo não está envergonhado do evangelho. E por que ele não tem vergonha? A sua origem tinha boas razões para se envergonhar. Para os judeus, o evangelho era uma blasfêmia; para o grego, o evangelho era insano, uma loucura. Para Paulo, no entanto, o evangelho era precioso. Por que? Porque o salvou do seu pecado.

Imagine se eu chegasse até você e dissesse o seguinte: “Eu vou lhe dar cinqüenta e um milhões de reais em espécie, mas não se preocupe que as cédulas já estão todas guardadas em malas e em caixas de papelão, e estão em um apartamento esperando por você”. Então, você olha para mim e me responde: “Nossa que maravilha, mas realmente eu só atingiria a felicidade se além dos cinqüenta e um milhões você me der aquele par de meias sujas que estão ali no chão”. Então eu diria: “Você está louco? Eu estou lhe dando cinqüenta e um milhões de reais, e você me diz que só aceitará este presente e então ficará feliz, se eu acrescentar este par de meias sujas?

Na verdade, é isso que está sendo pregado em muitas igrejas hoje em dia. Eles dizem algo do tipo: “Deus deu seu Filho a você, Ele morreu na cruz por você, e agora, por causa disso, você pode ter prosperidade material, você é filho do Rei não é, então Deus vai te dar tudo o que você quer, tenha fé?

Vamos analisar: você acabou de me dizer que Deus deu Seu Filho Jesus, como eu poderia me importar com algo além disto? Por que eu buscaria felicidade em algo de menor valor e além de Cristo? Precisamos aprender a discernir aquilo que é realmente valioso e aquilo que não tem qualquer valor.

Por que Paulo não se envergonha do evangelho? Porque o Evangelho o salvou do seu pecado. Isso não basta? Por que eu iria buscar felicidade em outras coisas onde ela não existe?

Sabe o que mais encantavam os maiores pregadores da antiguidade?

Era que eles não enxergavam outra coisa a não ser a realidade de que eles eram salvos. “Eu sou salvo do pecado. Eu sou salvo do inferno”, de novo e de novo, era sempre disso que eles falavam, e de como isso era realizado maravilhosamente na pessoa de Jesus Cristo. Este era o tema de todo sermão deles. É o que eles falavam sempre que abriam suas bocas, e parece que hoje raramente se ouve essas coisas.

O que é que você precisa para seguir a Cristo meu irmão e minha irmã? O que mais Ele tem de fazer por você? O que é que nós temos de acrescentar ao Evangelho, para que você deseje o Evangelho. Salvação não basta pra você? A presença de Cristo não é suficiente pra você? Comunhão com Deus não é suficiente pra você? Será que temos que acrescentar carros e roupas bonitas para você ficar empolgado? Paulo amava o Evangelho porque era o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Muitos pregadores hoje em dia, com suas igrejas lotadas, não pregam outra coisa a não ser prosperidade financeira, curas e milagres. Então eu percebo que esses pregadores não querem conhecer a Cristo, o que eles querem é aquilo que eles mais falam a respeito, prosperidade financeira e solução de problemas. Mas também as pessoas que os seguem e que os amam são exatamente a mesma coisa. Elas não querem a Cristo, elas amam apenas o que Cristo pode lhes dar.

Um verdadeiro cristão, um cristão maduro, quando ouve uma pregação desse tipo, ele vai ficar chocado com tanta coisa fútil sendo pregada, porque o verdadeiro cristão foi regenerado pelo Espírito Santo e se tornou uma nova criatura e sua nova natureza conformada à imagem de Deus lhe dá novos desejos, desejos santos e elevados. Nada pode satisfazê-los, exceto a infinita Glória de Deus.

Alguns puritanos costumavam dizer o seguinte: quando você se torna um cristão, você se torna uma criatura mais elevada, com desejos mais elevados. E esses novos desejos são tão elevados que, se alguém lhe desse o mundo inteiro, isso não poderia satisfazê-lo. E se alguém lhe tirasse o mundo inteiro, isso não poderia destruí-lo, porque você vê o mundo inteiro como nada, se comparado com o conhecimento de Deus na face de Cristo, comparado com a salvação que você recebeu do Evangelho.

Eu não tenho vergonha do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Através da história bíblica, Deus resolveu se revelar de muitas maneiras, e Ele tem trazido vida através de muitas revelações.

Mas, em comparação com o Evangelho, todas as outras revelações são como uma sombra. Se você realmente quer conhecer a Deus, você tem de ir até o Evangelho e até a Pessoa do Evangelho, e tem de fazer dessa Pessoa o estudo da sua vida.

E essa Pessoa é Jesus Cristo o Nosso Senhor!

Que Deus nos abençoe!

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