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Tome resoluções para a glória de Deus

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1 Timóteo 4:1

Texto Base:

Ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus [i.e. antes de tudo, submetam-se aos termos divinos] e aquilo que Deus quer [i.e. aceitem o estilo de vida aprovado por Deus, a fim de executar os Seus propósitos], e ele lhes dará todas essas coisas [i.e. o que for necessário à subsistência]. (Mt.6:33 NTLH)

Qual é a diferença entre um dia e outro na vida daquele que se propõe a fazer a vontade Deus? Há alguma diferença entre o último dia de dezembro e o primeiro do mês de janeiro? Por acaso, há algo sobrenatural na passagem de um ano, para tomarmos tantas resoluções?

Tomar cuidado com a saúde, as finanças, perder peso, alimentar-se de modo saudável, gastar mais tempo com a família, viajar mais, ajudar necessitados, fazer um curso, alinhar-se aos desejos de Deus, ler toda a Bíblia, orar mais, aplicar-se a exercícios físicos etc. Todas essas resoluções são fantásticas! Todavia, qual a razão ou a motivação para tais resoluções?

1. Avalie o motivo real para as suas resoluções

Muitas resoluções feitas a cada final de Ano têm como base o medo ou a autopreservação. A ideia é: “Mais um ano se passou e não consegui ou deixei de fazer… O que eu devo fazer para melhorar a minha condição de vida e ser mais feliz?”.

Qualquer resolução para o filho de Deus não deve ter como base o medo ou vantagens pessoais, mas o progresso na vida cristã. Observemos as palavras do apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo:

7 […] Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais. 8 Pois os exercícios físicos têm alguma utilidade, mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro. (1 Tm.4:7,8 NTLH)

O que Paulo está falando? Tenha como alvo o progresso na vida cristã, por meio do exercício espiritual. Os que se exercitam fisicamente alcançam energia ou força, o que traz alguma utilidade.

Então, se você tomou a resolução de se exercitar fisicamente várias vezes na semana, esta foi uma boa decisão. Ela será boa para o seu corpo, sua saúde e lhe dará energia ao “corre-corre” diário. Entretanto, toda essa energia não lhe dará a Vida do Alto e a sabedoria divina, que você necessita para discernir todos os seus momentos, tanto de prazer como de estresse.

Paulo não está dizendo que você deve deixar de procurar o que lhe seja útil, agradável e saudável, mas que não se deve tratar com desdém o exercício espiritual, pois é ele que, em todas as situações, o ajuda nesta vida e que lhe faz conhecer e permanecer no caminho para a Vida Eterna – a Vida Abundante ou Plena. (vd. João 10:10)

Você tomou a resolução de trabalhar duro e economizar para comprar uma moradia e essa é uma ótima resolução. Você precisará de energia, mas sem a Vida do Alto, ainda que satisfaça o seu desejo, você o terá somente para esta vida, pois não poderá levá-lo com você, além deste mundo. Caso a prática do exercício espiritual seja esquecida, estará a “vida verdadeira” entre os seus, no interior da sua casa. Haverá progresso na vida cristã?

O casal tomou a resolução de que neste ano terão o seu primeiro filho. Isso é maravilhoso, mas pense na energia necessária suportar noites mal dormidas, vigilância e todos os cuidados. Caso o “exercício espiritual” seja esquecido por parte dos pais, a educação da criança como se dará? Como o casal se comportará como exemplo ao filho, durante o período do seu crescimento? Ele será educado só para esta vida e muito pouco para a Vida Eterna? Sem o exercício espiritual não haverá progresso na vida cristã e nem para a educação da criança.

Você tomou a decisão de ler a Bíblia inteira, de capa a capa e segue nesse processo árduo. No final, você se sente como quem alcançou uma grande vitória espiritual. Entretanto, você alcançou o objetivo de Deus ao ler a Sua Palavra, ou somente atingiu a “uma” meta pessoal? Em que tipo de pessoa a sua leitura o transformou? Numa pessoa mais sábia, forte para esta vida e capaz para abençoar outras pessoas? A sua leitura o preparou para a Eternidade? Você leu a Bíblia, sem se exercitar espiritualmente e todo o seu esforço lhe trouxe conhecimento, mas não progresso na vida cristã.

2. Suas resoluções devem levá-lo a viver para a glória de Deus, por meio de Cristo

Portanto, não há nada de errado em se tomar resoluções, desde que elas honrem e expressem a vida e a grandeza de Deus. Portanto, é muito importante que as nossas resoluções tenham como veste “o” propósito divino em Cristo e não “as” das nossas emoções.

Por que eu coloco entre aspas os artigos “o” e “as” no parágrafo acima? Porque “as” emoções nos levam a muitas resoluções, mas “o” objetivo divino é nos faz compreender que vivemos para expressar “a” Sua glória, em tudo o que fizermos.

Retirando as palavras de Paulo do seu contexto, mas usando o princípio que nelas é apresentado, eu gostaria que você lesse o que o apóstolo ensinou no seguinte texto bíblico:

Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus [i.e. façam com que a grandeza de Deus seja vista em tudo o que fizerem]. (1 Co.10:31 NTLH)

Viver para a glória de Deus não é agradecer pelo bife de picanha ou pela pizza que está à nossa frente, mas é não permitir que nada ocupe o lugar de Deus em nossas vidas e fazer com que as pessoas saibam desse nosso compromisso eterno com Ele. É fazer com que os nossos interesses ou ansiedades pessoais não fabriquem ídolos falsos, os quais só alimentam o nosso egoísmo e nos tornam escravos deles.

Paulo diz:

12 Alguém vai dizer: “Eu posso fazer tudo o que quero.” Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: “Posso fazer qualquer coisa.” Mas não vou deixar que nada me escravize. 13 “Outro vai dizer: “O alimento existe para o estômago, e o estômago existe para o alimento.” Sim, mas Deus acabará com os dois. O nosso corpo não existe para praticar a imoralidade, mas para servir o Senhor; e o Senhor cuida do nosso corpo.” 14 Pelo seu poder Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós. (1 Co.6:12-14 NTLH)

Pense no que é bom para a sua vida, mas pense de acordo com a mente divina, pois todas as resoluções que visam a vaidade, a autoproteção e a ânsia pelos interesses pessoais, farão com que você se afaste do bem espiritual supremo e do próximo.

Deus nos ensina, por meio de Cristo e a Sua Palavra, sobre como devemos avaliar os nossos desejos e escolhas. Sob que propósitos nós tomamos resoluções? Para segurança terrena ou pela paixão de expressarmos a grandeza de Deus em um mundo decaído?

O que nós esperamos para este Novo Ano? “As” alegrias por conquistarmos interesses próprios, da prosperidade financeira e tudo o que ela pode nos proporcionar sobre a Terra, de um namoro e casamento, de um bebê, de uma moradia, ou buscarmos “o” objetivo de Deus, para que nos vejamos progredindo na vida cristã?

Que nós tomemos a resolução de vivermos para a glória de Deus, permanecendo comprometidos com os Seus termos, propósitos e confiando no Seu cuidado. Tudo pode nos ser tirado, mas que conservemos em nós o que nenhum poder, seja ele humano ou diabólico, pode nos tirar: a fé em Jesus, o poder e a presença do Espírito Santo, a Palavra de Deus e a certeza da Vida Eterna!

Que Deus nos abençoe!

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